RECLAMANDO

Fica cada vez mais difícil saber o que é situação e oposição

por GazetaMT

22 de Maio de 2017, 09h35

Fica cada vez mais difícil saber o que é situação e oposição
Fica cada vez mais difícil saber o que é situação e oposição

No início tumultuado dessa gestão a Câmara de Vereadores protagonizou o primeiro impasse, o que ao certo, demonstraria a dificuldade que o prefeito Zé do Pátio enfrentaria na administração da cidade.

Pois bem, a oposição ficou com 11 e a situação com 10 representantes no Legislativo. A única certeza de Zé é que a Casa de Leis poderia trazer alguns incômodos na hora de aprovar projetos do Executivo.

Mas isso tudo durou pouco tempo e, ao que parece, tem muita gente mudando de lado. Os de lá- leia-se: oposição, estão vindo pra cá. . . e os daqui: situação, estão caindo para o lado de lá. É mais fácil do que parece, acompanhe: Silvio Negri (PDdoB) foi taxativo, durante a sessão da semana passada, ao afirmar que não dá mais para esperar uma ação da Secretaria Municipal de Educação. "Tem aparelhos de ar condicionado em todas as escolas do Município e tem, também, muitas crianças e professores sofrendo calor dentro das salas de aula. Só falta comprar os cabos e instalar e, mesmo assim, depois de quase cinco meses a situação continua a mesma".

Vilmar Pimentel do mesmo partido do prefeito (SD) há tempos tem colocado as manguinhas de fora. Deve arrepiar aos situacionistas quando sobre à tribuna. Desta vez foi para reclamar da sujeira que toma conta da cidade. "Está cada dia pior, tem gente da Coder em todos os bairros, só não vejo resultados. Quero a cidade limpa, já está vergonhoso andar pelas ruas de Rondonópolis. Cadê a equipe da limpeza?"

A situação da saúde também foi lembrada e surgiu aquela antiga proposta do Zé de levar os pacientes de Rondonópolis para serem atendidos na pequena cidade de Poxoreo. "Ótima solução, só para lembrar: Poxoreo tem um Hospital bonito e até interessante. Mas lá não tem UTI, não tem estrutura para qualquer emergência e, muito menos médicos. Como levar um paciente pra lá e correr o risco de em qualquer complicação não dar tempo de chegar até aqui em Rondonópolis? Seria um risco muito grande. Definitivamente sou contra", disparou Hélio Pichioni (PSD). "O Hospital Regional tem mais de R$ 4 milhões em recursos atrasados e alguém precisa cobrar essa conta. São mais de 10 mil pessoas esperando por uma cirurgia e não vemos uma ação efetiva sobre o assunto", lembrou ainda o vereador situacionista.

E agora, José? Calma, tudo tem saída. Tem também os que estão caindo para o lado do prefeito. Dizem as más línguas que até o fim desse primeiro semestre sobrarão dois, isso mesmo - dois vereadores de oposição. A fórmula é simples: o tal do toma lá, dá cá. . . .