Front diplomático e político durante a Operação Carne Fraca, citado e investigado na Operação Lava Jato como suposto recebedor de propina para a campanha eleitoral em 2006, ao atual ministro da Agricultura Blairo Maggi, enfim, descartou disputar a presidência da República em 2018. Senador licenciado, disse tentar a reeleição ao Legislativo no próximo ano. É mais um balde d'água fria ante os que quase o fizeram se afastar publicamente do governo.

Em entrevista, Maggi disse há pouco que sua vontade era deixar o Mapa. Não o fizera- nem faria- por mera defesa de sua classe. O rei da soja advoga em causa própria em nome do agronegócio. Politicamente, mesmo citado e investigado, garante blindagem e afirma que em nada atrapalham as conduções da PF em seus planos políticos.

"Os projetos continuam os mesmos, não vou mudar toda a minha vida porque, de um dia para o outro, surgiu uma coisa inesperada. Eu, sinceramente, jamais esperaria estar em uma situação dessas há uma semana. Mas ela aconteceu e eu preciso reagir e demonstrar toda a minha confiança e a minha maneira de fazer esse enfrentamento, que será tranquilo, claro e aberto. Conseguirei mostrar que não tenho nada a ver com essa história", declarou o ministro.

Sobre as delações premiadas e seu nome incluído na lista do relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, disse: ""Vou levantar os dados, os números, para poder falar, contestar e mostrar que os números colocados não são verdadeiros. Cabe a quem acusa comprovar a acusação que está fazendo", completou.