REFÉNS

Em ação da Funai, empresários de MT presos em aldeia Kaiapó são libertados

Eles estavam há dois dias em poder dos índios após aterrissar em aldeia

por GazetaMT

20 de Janeiro de 2017, 07h57

Em ação da Funai, empresários de MT presos em aldeia Kaiapó são libertados
Em ação da Funai, empresários de MT presos em aldeia Kaiapó são libertados

Os dois empresários de Cuiabá que estavam sendo mantidos reféns por índios da etnia kaiapó, no Estado do Pará, foram libertados no começo da tarde desta quinta-feira (19).

Os empresários estavam no local há dois dias, após pousarem com uma aeronave na área indígena. Os índios pediam R$ 100 mil para liberar as vítimas, identificadas como Cristian Barreto Lima e Carlos Egídio Zancheta.

O empresário Tito Lívio Correa - que também foi feito refém, mas conseguiu sair do local com o piloto do avião - disse que recebeu a notícia de que os amigos foram resgatados pelos servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio), com apoio da Polícia Federal.

Correa informou que os dois estão sendo levados para a cidade de Redenção (PA), próximo a São José do Xingu - onde está localizada a aldeia.

Ainda não se sabe como foi a negociação com os índios e nem qual o estado de saúde de Cristian e Carlos.

"Ainda não me falaram como eles estão, se foram machucados ou não, mas acredito que estejam bem. Eu estou viajando para lá neste exato momento para encontrá-los", disse.

O caso

De acordo com o empresário Tito Lívio, eles decolaram do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, por volta de 9h30, com destino a Altamira (PA), para uma reunião de negócios.

No entanto, conforme ele, após passarem a Serra do Cachimbo, o tempo ficou ruim e tiveram que procurar uma pista homologada para pousar.

"No momento em que pousamos, os índios vieram, nos pegaram e nos levaram para o cacique, que pediu R$ 30 mil por termos pousados na pista deles. Eu disse que não tinha esse dinheiro ali. Peguei R$ 3 mil do meu bolso e dei. Ele repartiu ali com outros índios. Pensamos que estava tudo resolvido", disse.

Porém, quando o tempo melhorou e os empresários se preparavam para deixar o local, os indígenas os cercaram e não os deixaram decolar enquanto não pagassem os R$ 30 mil.

"Eu disse, novamente, que não tinha o dinheiro ali e que precisava buscar na cidade. Eles deixaram eu e o piloto seguirmos viagem para pegar o dinheiro e ficaram com meus amigos lá. Vim para a cidade e ontem era para termos voltado, mas por conta do mau tempo não conseguimos", disse.