REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Temer pede melhor comunicação com a Câmara para aprovação de projeto

Pedido foi feito aos ministros durante reunião ocorrida na tarde de ontem, 20

por GazetaMT

21 de Março de 2017, 07h57

Temer pede melhor comunicação com a Câmara para aprovação de projeto
Temer pede melhor comunicação com a Câmara para aprovação de projeto

O presidente Michel Temer pediu aos ministros que intensifiquem o debate sobre a reforma da Previdência em suas bases partidárias na Câmara dos Deputados e aperfeiçoem a comunicação na base governista. Temer e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, se reuniram com os ministros no Palácio do Planalto no final da tarde de ontem, 20.

"O governo precisa ampliar sua capacidade de comunicação e esclarecimento junto à sociedade e, ao mesmo tempo, convencer a base do governo de que a reforma é vital para o Brasil e creio que isso seja possível. A gente tem que melhorar a comunicação", disse o ministro da Educação, Mendonça Filho, após a reunião.

Mendonça Filho, em entrevista coletiva, disse que o Brasil "pode virar uma Grécia" caso não aprove a reforma no Congresso Nacional. Segundo ele, o tema encontra resistência em "corporações bastante mobilizadoras, fortes", que rebatem os argumentos do governo.

Apesar de reconhecer que o texto saído do Planalto não será aprovado sem alterações, Mendonça Filho reforçou que não há espaço para "grandes modificações". "Não quer dizer que o Parlamento não possa contribuir para o aprimoramento da proposta, mas grandes modificações podem comprometer a eficácia da reforma da Previdência".

Presente na reunião, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro -PP/PB, seguiu um raciocínio parecido com o de Mendonça Filho e disse que o Congresso não pode "desfigurar a reforma", alterando o texto a partir do pedido de cada categoria trabalhista. "O sentimento que temos que ter é de nação". O deputado disse que a meta do governo é aprovar a matéria na comissão especial em abril e que há "muita desinformação" a respeito da reforma.

Na avaliação na base do governo na Câmara, o discurso tem que ser aprofundado para esclarecer que o brasileiro "não vai morrer trabalhando", como disse Ribeiro, em alusão a argumentos da oposição e de deputados da base aliada que têm criticado a reforma.