REUNIÃO INÚTIL

Prefeito não tem resposta sobre o caso do auxílio transporte

Secretária de Governo diz que em uma semana não deu pra resolver o problema dos professores

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12 de Abril de 2017, 17h46

Prefeito não tem resposta sobre o caso do auxílio transporte
Prefeito não tem resposta sobre o caso do auxílio transporte

O impasse sobre o percentual pago sobre os salários dos professores que atuam na área rural do Município, a título de auxílio transporte, continua sem solução. Na semana passada o Sindicato dos Servidores Públicos de Rondonópolis - Sispmur e professores que reclamam a quebra no pagamento do auxílio, colocaram a secretária de Educação, Carmem Garcia Monteiro na parede e cobraram o pagamento do benefício integral, sem descontos de sábados e domingos.

Na oportunidade a secretária de Governo e o procurador-geral do Município se comprometeram de analisar a lei, que é de 2001 e sempre foi cumprida, para só nesta quarta-feira apresentar um parecer sobre a questão.

Mais uma vez a sessão foi suspensa para que Mara Gleibe Ribeiro Clara da Fonseca apresentasse o parecer sobre o retorno ou não do benefício integral. A reunião, na verdade, aconteceu para marcar outra reunião. "Não tivemos tempo de emitir o parecer sobre o assunto. Mas estamos trabalhando nele", argumentou a secretária.

Vereadores, professores da área rural e diretoria do Sispmur não entenderam nada. "Nunca vi tamanho desrespeito para com o Poder Legislativo e a população. Fazer uma reunião para marcar outra reunião não é admissível. Convenhamos, estão brincando com a nossa cara", desabafou Thiago Muniz (PPS).

Vilmar Pimentel (SD) até esqueceu que é da base do prefeito e disparou: "Quero manifestar minha revolta com a falta de respeito com que o Executivo vem tratando o Legislativo. Além de não atender aos professores que estão com sérios problemas, ainda demoram uma semana para pensar em fazer um parecer que não vem para esta Casa. Isso é simplesmente revoltante".Professor da Carimã diz que não tem condições de trabalhar na escola. Foto: Luan Dourado/GazetaMT

Sem material

Muitos professores e diretores de escolas do campo suspenderam as aulas nesta quarta-feira para participar da reunião, que deveria ser decisiva. Eles aguardam a decisão do prefeito José Carlos do Pátio em pagar o auxílio transporte integral, como é lei desde 2001. Os servidores perderam a viagem.

O professor Cesar Arruda, da Escola Municipal Rural Fazenda Carimã, ficou revoltado. "Perdemos mais um dia e chegamos aqui para ouvir que não deu tempo em uma semana para resolver nossos problemas? Acho um total desrespeito com a categoria. E mais, estamos passando por muitas dificuldades. Na nossa Escola não tem nada de material pedagógico. Não tem lápis, caneta, papel, nada mesmo. Assim fica difícil", disparou o professor.

A informação é que outras escolas rurais estão sem material e funcionando só pela boa vontade dos servidores, como nas escolas da Paulista e da Gleba Cascata.