RISCOS NA GRAVIDEZ

Risco de bebês nascerem mortos duplica quando mães dormem de costas no final da gravidez

Pesquisa revela que 100 mil vidas podem ser poupadas por ano se gestantes passarem a repousar de lado

por GazetaMT

21 de Novembro de 2017, 07h34

Risco de bebês nascerem mortos duplica quando mães dormem de costas no final da gravidez
Risco de bebês nascerem mortos duplica quando mães dormem de costas no final da gravidez

Um estudo feito com cerca de 1.000 gestantes, publicado no periódico " British Journal of Obstetrics and Gynaecology", mostrou que o risco de morte fetal pode dobrar se as mulheres dormirem de costas no último trimestre da gravidez.

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A pesquisa analisou 291 gestações nas quais os bebês nasceram mortos e 735 mulheres que tiveram bebês saudáveis. As observações foram comparadas com outros estudos realizados na Austrália e na Nova Zelândia, e os pesquisadores recomendam que as grávidas durmam de lado, mesmo em sonecas durante o dia.

Embora não seja possível controlar a posição que permanecem durante o sono, os pesquisadores destacam que é importante que as gestantes iniciem o período de descanso na posição lateral, ainda que ao longo da noite acabem mudando.

Ainda não há um diagnóstico fechado sobre o motivo pelo qual dormir de costas pode causar mais mortes de bebês, mas uma das hipóteses é de que o peso da criança e do útero pressionam os vasos sanguíneos e interferem no abastecimento de sangue ao bebê e consequentemente na transferência de oxigênio.

Segundo o estudo, cerca de 100 mil vidas de bebês podem ser poupadas por ano, no mundo, se as mães passarem a dormir de lado no último trimestre de gravidez. Nesse contexto, a campanha de saúde pública "Durma de lado" foi lançada no Reino Unido para conscientizar as mães sobre a importância de ficar nesta posição na última fase da gestação.

- Este é um estudo importante que acrescenta ao crescente corpo de evidências de que a posição do sono no final da gravidez é um fator de risco modificável para o nascimento de bebês mortos. A pesquisa é extremamente bem-vinda, já que um número significativo de bebês que nascem mortos permanece inexplicável, particularmente aqueles que são fruto de gravidez tardia- afirmou Edward Morris, vice-presidente de Qualidade Clínica do Royal College of Obstetricians and Gynecologists.