Rondonópolis

Troca de experiências e avaliações para garantir educação criativa e aprendizagem?

A Mediação Pedagógica começou no ano passado e esta é a segunda vez que as escolas vão à Secretaria detalhar o trabalho com os alunos

por GazetaMT

17 de Outubro de 2014, 17h38

Troca de experiências e avaliações para garantir educação criativa e aprendizagem?
Troca de experiências e avaliações para garantir educação criativa e aprendizagem?

Diálogo com representantes de escolas visa melhorar desempenho na rede municipal de ensinoTécnicos da Secretaria Municipal de Educação (Semed), gestores e responsáveis pela coordenação pedagógica das escolas estão fazendo a avaliação do processo ensino-aprendizagem de cada unidade de Ensino Fundamental. O objetivo é avaliar a aprendizagem dos alunos e as medidas que estão sendo adotadas para a superação dos problemas. O trabalho de Mediação Pedagógica acontece desde o ano passado e esta é a segunda vez que as escolas vêm à Secretaria para detalhar o trabalho feito com os alunos.

Todos os dados da escola como quadro de profissionais e indicadores de aprendizagem dos finais dos ciclos, assim como, quantidade de professores que participam das formações da Secretaria e parceiros, como por exemplo, Ministério Público Estadual são detalhados. Os dados de aprendizagem usados na avaliação dos alunos são o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2013 e o SAEM interno inicial e medial (Sistema de Avaliação de Ensino do Município) da própria escola. No levantamento, aparece a quantidade de alunos que está e a que não está acompanhando a turma.

Quatro fatores são avaliados em conjunto pela equipe: alfabetização e aprendizagem adequada de cada fase; acompanhamento do coordenador no planejamento da Hora de Trabalho Pedagógica Coletiva (HTPC); o trabalho da HTPC com formação centrada na escola/Semed e os projetos desenvolvidos na escola para melhorar o processo de ensino/aprendizagem. Este é o momento de avaliação em que o desenvolvimento de cada turma é explicado, assim como, casos de alunos que necessitam de aulas extras, ou seja, apoio pedagógico no contraturno da aula. São analisados procedimentos, projetos, metodologia aplicada, trabalho da coordenação pedagógica e do professor.

A gerente do Departamento de Ensino Fundamental Marisa Brescovici Araújo destaca que todo o esforço do professor deve ser para o bom planejamento da aula e que projetos e apoio devem ser complementares. "O professor tem que fazer um bom plano para que todos acompanhem, para que os alunos tenham uma aula atrativa, diferente, há materiais nas escolas disponíveis para estas aulas, como jogos, e também há a criatividade do professor", explicou.

Para quem está acompanhando o trabalho, está claro que as turmas que estão tendo maior índice de alunos acompanhando o ensino são as que têm professores que trabalham a aula de forma diferente, tornando os momentos na sala de aula mais atrativos. Já os profissionais que atuam no método tradicional estão com alto índice de alunos que não acompanham o conteúdo. No caso desses alunos, o professor acaba trabalhando dobrado porque precisa dar o apoio pedagógico, o conhecido reforço escolar.

Para a diretora Edmária Silva Xavier estes encontros são excelentes porque proporcionam a troca de experiências entre profissionais da escola e técnicos, são apresentadas sugestões e discutidos problemas a serem superados. "Considero que deveria haver mais momentos como este, pelo menos dois no ano ou até mesmo criado um núcleo na Secretaria com este objetivo. Nesta gestão, estamos sendo muito cobrados, mas entendo que isso é para a melhoria da educação. Nesta rodada, já temos orientações que serão aplicadas na escola", destacou. Outro ponto positivo apontado pela diretora foi a criação da equipe de mediação, composta por profissionais que acompanham o trabalho pedagógico nas escolas com o objetivo de fazer intervenções que melhorem a aprendizagem dos alunos.

Marisa lembra que na rodada de Mediação Pedagógica do ano passado surgiram duas reivindicações que foram implementadas na rede: a criação da equipe de mediação pedagógica e o aumento da carga horária do professor contratado de 24 para 26 horas, o que acarretou mais tempo para o professor planejar as aulas.

O trabalho é realizado de forma conjunta pelos departamentos de Ensino Fundamental, Divisão de Formação da Educação e Divisão de Avaliação e Monitoramento de Indicadores e representantes das escolas. Os encontros começaram dia 01 de outubro e acontecem até dia 23. Todas as 38 escolas participam da atividade.