SANTA CASA

Assembleia define fim da paralisação e prevê reabertura de UTI dia 4

Corpo clínico citou voto de confiança ao governador Pedro Taques, que prometeu regularizar repasses já no próximo mês

por Robson Morais

29 de Novembro de 2017, 08h50

Assembleia define fim da paralisação e prevê reabertura de UTI dia 4
Assembleia define fim da paralisação e prevê reabertura de UTI dia 4

Em assembleia, médicos que compõem o corpo clínico da Santa Casa de Rondonópolis decidiram encerrar a greve iniciada em outubro. No início de novembro, momento mais crítico, ocorreu o fechamento da Unidade de Terapia Intensiva -UTI pediátrica do Hospital, cuja previsão de reabertura, também definida no encontro de ontem, 28, está prevista para o dia 4 de dezembro.

Em entrevista, o diretor clínico do Hospital, Luciano Oliveira, falou em voto de confiança ao governador Pedro Taques -PSDB, ainda que não seja este o primeiro. "Ele [Taques] esteve aqui na última semana e nos prometeu que faria o repasse dos valores atrasados corpo clínico agora no dia 1º de dezembro. Por isso suspendemos a paralisação e já retomamos as atividades normalmente", disse.

A mais recente dívida do Governo do Estado com a Santa Casa perdurava por quatro meses. Sem salários, os médicos iniciaram a greve, depois debandaram da UTI. Ainda em busca de novos profissionais ou recontratação dos antigos, a previsão de volta à normalidade na ala de terapia intensiva é no próximo dia 4 de dezembro. "Não se abre uma UTI do dia pra noite, precisamos de equipe de plantão, escala. Esses profissionais moram em outros Estados, por isso este tempo. Não se pode apenas falar que vai abrir, por é preciso todo um cuidado técnico pra isso", explicou Oliveira.

Parte da dívida do Estado com a UTI pediátrica foi paga. Ainda falta a verba a ser destinada ao setor de Média e Alta Complexidade, o MAC, que, segundo o Governo, será repassada graças ao pagamento do Fundo de Exportação, o FEX, de responsabilidade da União.

Nesta quarta-feira, 29, os atendimentos via Sistema único de Saúde, SUS, e cirurgias eletivas foram reestabelecidos com o fim da paralisação. "O mais lesado foi a população, os médicos querem trabalhar e infelizmente a corda arrebenta para o lado mais fraco. Os que deixaram de ser atendidos é que não foram beneficiados, mas, pra funcionar, necessitamos de verba", finalizou o diretor da Santa Casa.