SAÚDE

Ministério da Saúde confirma oito mortes por febre amarela em MG

Ainda há casos sob investigação. Há uma semana, GazetaMT apurou situação em Rondonópolis

por GazetaMT

19 de Janeiro de 2017, 07h51

Ministério da Saúde confirma oito mortes por febre amarela em MG
Ministério da Saúde confirma oito mortes por febre amarela em MG

O Ministério da Saúde confirmou, nesta quinta-feira (19), a morte de oito pacientes que estavam internados em uma unidade hospital de Belo Horizonte (MG) por febre amarela. Ainda há outros 53 casos suspeitos sob investigação.

Já neste início deste 2017, um aumento assustador. Em 2015, foram registrados nove casos de febre amarela silvestre em todo o Brasil, seis em Goiás, dois no Pará e um em Mato Grosso do Sul, com cinco óbitos. Em 2016, foram confirmados sete casos da doença, nos estados de Goiás (3), São Paulo (2) e Amazonas (2), sendo que cinco deles levaram a óbito.

Em muitos dos Estados do Brasil, mutirões de vacinação estão sendo promovidos pelas secretarias municipais de Saúde, com respaldo do Ministério no abastecimento das doses. Ao mesmo tempo, ações de limpeza em terrenos e campanhas de combate a vetores tem ocorrido. A febre amarela é transmitida por mosquito.

Há uma semana, reportagem do GazetaMT trouxe números da secretaria de Saúde de Rondonópolis. O Departamento de Saúde Coletiva garante que não existe nenhum caso suspeito da doença e também que a vacinação faz parte das doses de rotina aplicadas em crianças de nove meses em diante, com reforço aos 4 anos. Leia aqui.

A doença

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por insetos), que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente.

No Brasil, desde 1942 só são registrados casos silvestres da doença, ou seja, cujo vírus é transmitido pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que têm os macacos como principais hospedeiros. Nestas situações, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada circula em uma área silvestre e é picada por mosquito que foi contaminado por macacos.

Na febre amarela urbana, o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti ao homem, mas esta não é registrada no Brasil desde 1942, quando houve um caso no Acre.

A doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa. É transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus.

Sintomas

Os sintomas iniciais são febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.

Imunização

Desde junho de 2016 a Organização Mundial da Saúde considera que com apenas uma dose da vacina já se adquire proteção contra a doença, porém, no Brasil o Ministério da Saúde prevê uma dose e um reforço no calendário de vacinação em esquemas que dependem da idade. Quem já tomou a dose e o reforço pode se considerar imunizado e não precisa mais recorrer aos postos de saúde.