saúde

Primeiros socorros auxiliam no salvamento de vítimas de infarto

No Brasil, o Ministério da Saúde também destaca que 300 mil pessoas sofrem infarto anualmente em território nacional

por GazetaMT

20 de Agosto de 2018, 07h40

Primeiros socorros auxiliam no salvamento de vítimas de infarto
Primeiros socorros auxiliam no salvamento de vítimas de infarto

Todos os dias, mais de 820 pessoas sofrem algum tipo de complicação cardiovascular no Brasil. Mesmo com dados tão alarmantes, poucas pessoas conhecem quais são os primeiros socorros a serem empregados em caso de mal súbito ou infarto. Saber o que fazer em um destes casos pode aumentar a sobrevida das vítimas dos males do coração, apontados pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) como os principais causadores de morte em todo o planeta.

No Brasil, o Ministério da Saúde também destaca que 300 mil pessoas sofrem infarto anualmente em território nacional - sendo que em 30% dos casos o ataque cardíaco é fatal. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) ainda estima que mais de 100 mil paradas cardíacas acontecem, anualmente, fora do hospital.

Boa parte da população desconhece, no entanto, a conduta de primeiro socorros que pode salvar vidas em situações que envolvam mal súbito ou infarto. Coordenadora da central de remoções da Qualycare - empresa especializada em home care, remoções e atendimento pré-hospitalar -, a médica Flávia Monteiro explica que o primeiro atendimento é crucial para determinar o prognóstico das vítimas, podendo também ser chamado de gold time (ou tempo de ouro, em português).

De acordo com a especialista, o contato imediato com o serviço de emergência deve ser priorizado em casos de urgência. A orientação é de que, antes de qualquer coisa, é necessário contatar ajuda especializada.

"Segundo os protocolos internacionais, a primeira atitude a se fazer mediante um quadro de mal súbito (em que a vítima está inconsciente ou não responde aos chamados), é solicitar ajuda especializada - seja do serviço público ou de um estabelecimento privado de saúde. A Qualycare atende a particulares e diversos convênios e é a única empresa privada de Mato Grosso a realizar esse atendimento por meio de uma Central de Remoções, com médicos reguladores durante as 24 horas do dia", exemplificou.

Depois desse primeiro passo, de solicitação de auxílio, o ideal é checar se a pessoa está com pulsação.

"É preciso colocar a mão no pescoço da vítima, próximo do 'gogó', para ver se é possível sentir o pulso. Se não for detectada a pulsação em até dez segundos, deve-se iniciar, imediatamente, as compressões torácicas", reiterou.

RITMO - A médica Flávia explica que tal procedimento - anteriormente popularizado como massagem cardíaca - consiste em comprimir o tórax no ponto central do peitoral, entre as mamas, em um ritmo de 100 compressões por minuto. Com uma mão sobre a outra, é preciso usar o peso do corpo para realizar a compressão.

Em julho de 2018, a Casa de Saúde São José, do Rio de Janeiro, lançou uma música em parceria com a banda Barão Vermelho que visa a conscientização da ressuscitação cardiopulmonar (RPC). A ideia da campanha é que a melodia traga referências do ritmo ideal para a compressão torácica.

A ação foi inspirada em um caso estadunidense, que popularizou o ritmo das massagens cardíacas por meio da icônica canção Stayin' Alive, do grupo Bee Gees.

ÁREA PROTEGIDA - A médica da Qualycare também reitera que as instituições, órgãos e estabelecimentos que contam com o serviço de Área Protegida prezam pela qualidade e rapidez dos serviços de emergência prestados.

Com o objetivo de dar maior suporte aos locais com grande concentração de pessoas, a Área Protegida é um ponto permanente de cobertura em saúde. A estrutura conta com uma equipe de profissionais preparada para uma variedade de urgências.

A Área Protegida pode (e deve) ser instalada em locais como escolas, empresas, centros comerciais e órgãos públicos.