SENADO
Fiúza toma posse em cadeira cassada de Medeiros
10 de Agosto de 2018, 08h26
O empresário Paulo Fiúza foi diplomado peloTribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) na última quarta-feira (8) como primeiro suplente de senador. Com isso, ele já poderá tomar posse na vaga atualmente ocupada por José Medeiros (Podemos), que teve o mandato cassado por fraude em ata de convenção partidária. Medeiros disse, por meio de assessoria, que já recorreu da decisão.
Medeiros assumiu a vaga no Senado com a renúncia de Pedro Taques (PSDB) ao cargo para assumir o governo de Mato Grosso, no início de 2015.
A entrega do diploma foi feita pelo vice-presidente e corregedor regional eleitoral, desembargador Pedro Sakamoto.
A diplomação de Paulo Fiúza se dá após decisão unânime dos juízes do Pleno do TRE-MT, no último dia 31. O tribunal entendeu que houve fraude na ata da convenção partidária, e a posição dos suplentes de Taques foi invertida.
O escolhido para ser o primeiro suplente havia sido Paulo Fiúza. Medeiros deveria ser o segundo, mas, em 2015, acabou assumindo a vaga no Senado após a renúncia de Taques.
O segundo suplente Paulo Fiúza (PV) apontou indícios de fraude na ata de convenção da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você (PDT / PPS / PSB / PV) em 2010.
À época, Fiuza reivindicou que a Justiça anulasse a ata e anulasse também o registro de candidatura de Medeiros. Desta forma, Fiúza seria automaticamente elevado ao posto de primeiro suplente, com perspectiva de assumir a cadeira no Senado após a renúncia de Taques.
Naquela ocasião, a ação de Fiúza, porém, foi extinta pelo Pleno do TRE sem julgamento do mérito em 2014. Entre os motivos apontados pelo juiz-relator era o fato de que a ação havia sido interposta três anos após as eleições.
Em 2016, o TSE pediu que o TRE reabrisse o caso, após analisar um pedido feito por Carlos Abicalil (PT), que ficou em terceiro lugar no estado na eleição para senador. Com informações do G1.