Sentença mortal

DHPP de Rondonópolis identifica três suspeitos da morte de detento na Mata Grande

Ronaldo da Silva Santos foi espancado até a morte, em acerto de contas por tentativa de homicídio

por EMERSON DOURADO

22 de Março de 2017, 18h04

DHPP de Rondonópolis identifica três suspeitos da morte de detento na Mata Grande
DHPP de Rondonópolis identifica três suspeitos da morte de detento na Mata Grande

A delegacia de homicídios e proteção à pessoa –DHPP de Rondonópolis, na tarde desta quarta-feira(22), identificou os possíveis autores do homicídio registrado no dia 31 de dezembro do ano passado dentro do anexo da Penitenciária Major Eldo de Sá Correia, a Mata Grande, onde Ronaldo da Silva Santos, 18, foi morto por espancamento.

Segundo o delegado da DHPP, Thiago Garcia Damasceno, as investigações resultaram na identificação de quatro detentos que participaram diretaDelegado da DHPP, Thiago Damasceno que conduz a investigação da morte do detento, no anexo da Mata Grande Foto: Emerson Dourado/GazetaMT e indiretamente do crime, os irmãos Rafael Germano Gil dos Santos e Túlio Gil dos Santos, que estão no anexo da Mata Grande, Aparecido Guilherme Filho Batista, que cumpre 109 anos na Mata Grande e Leonardo dos Santos, que na época estava preso no Presídio Ferrugem, em Sinop e foi transferido para a Penitenciária geral do Estado.

O motivo da execução de Ronaldo, segundo levantado pela polícia civil, foi devido o jovem ter cometido uma tentativa de homicídio, no dia 30 de dezembro de 2016 contra Noemi Gil dos Santos, mãe de Rafael e Túlio e ex-mulher de Aparecido. Ronaldo da Silva foi preso em flagrante por outra tentativa de homicídio no mesmo dia e encaminhado para o anexo da Mata Grande, após descobrirem que Ronaldo teria tentado contra a vida de sua mãe, os irmão Rafael e Túlio, por meio de ligações telefônicas pediram uma espécie de autorização para Leonardo dos Santos, ainda que segundo PJC seria membro de um conselho final de sentença de uma facção criminosa, que deu o aval para a execução, já que Ronaldo também seria da mesma facção.

Aparecido Guilherme(esq) e Rafael, pai e filho estariam envolvidos na morte de Ronaldo dos Santos, segundo a PJC Foto: Emerson Dourado/GazetaMT

Estas ligações foram monitoradas, o que possibilitou a DHPP chegar até os três suspeitos e pedir a prisão preventiva deles, já que estão presos por outros crimes cometidos o que não garante que fiquem sob a tutela do estado até a conclusão da investigação, explicou o delegado. Noemi Gil dos Santos também será indiciada por possível participação na execução de Ronaldo, o delegado tem 10 dias para concluir o inquérito e aprofundar nas investigações do caso.