sumidouro de dinheiro público
Um pepino chamado VLT
09 de Julho de 2019, 08h02
Há grandes problemas com soluções relativamente fáceis, há os de difícil solução e, há o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que é uma modalidade à parte. Isso porque o modal de transporte adotado pelo ex-governador Silval Barbosa e insistentemente defendida pelo ex-deputado José Riva, se transformou num grande "pepino", que já consumiu mais de R$ 1 bilhão de recursos públicos e ainda precisa de investimentos de pelo menos mais R$ 1 bilhão para ficar operacional.
À época em que foi discutida a adoção do VLT, técnicos e políticos defenderam a adoção do BRT (Bus Rapid Transit), ou Transporte Rápido por Ônibus, que é muito mais barato e pode ser tão eficiente quanto o VLT. Mas interesses escusos levaram à adoção do VLT, que chegou a ter grande parte dos seus trilhos construída e os vagões dos trens comprados.
Mas inúmeros problemas técnicos e de caixa, além de suspeitas de corrupção na condução das obras e na aquisição do trem acabaram por levar à paralisação da obra. Mas não sem antes consumir cifras astronômicas do dinheiro público.
Agora, coube ao atual governador, Mauro Mendes (DEM), decidir se desembolsa o valor bilionário para dar continuidade à obra ou se aborta de vez o VLT, já que com menos do que teria que gastar com o modal, o governador poderia implantar o BRT na capital, oferecendo uma solução mais em conta para a população da capital. Mas o que seria feito dos quilômetros de trilhos e das dezenas de vagões do VLT, hoje abandonados e se deteriorando?
São perguntas que exigem respostas complexas e que precisam de decisões frias, democráticas, que preservem os direitos da população e que, principalmente, trate o dinheiro público com respeito. Mauro Mendes vem anunciando para agosto a apresentação de uma proposta para resolver o problema, e o Buxixo espera que o governador consiga fazer uma salada desse pepino que herdou de gestões anteriores.