TABULEIRO
Peças se encaixam numa disputa de gente grande com “nanicos” pelo caminho
27 de Junho de 2016, 09h43
Nesta reta final de junho encurta-se o prazo para as especulações eleitoreiras e ao que parece Rondonópolis terá mesmo a esperada briga de gente grande na disputa à majoritária. Pelo que se desenha, deverão vir ao páreo o deputado estadual Zé do Pátio (SD), o federal Adilton Sachetti (PSB) e o atual prefeito Percival Muniz (PPS)
Cada um dos três tem lá suas vantagens e é certo que Percival aponta uma ligeira superioridade ante os demais por conta da continuidade de seu projeto político. Há quem diga, e não é pouco, que trocar o prefeito possa significar retrocesso. Rondonópolis pode não "engrenar".
Contra o atual chefe do Executivo municipal, porém, pesam os vices. Ou melhor, o vice. Segue a conjuntura colando Zé do Pátio ao atual vereador e pré-candidato a prefeito Ibrahim Zaher (PSD). Percival tem a máquina pública, mas a possível aliança rival soma popularidade e recurso financeiro. Muito recurso, por sinal.
Até a oficialização das candidaturas a prefeito Zaher e o PSD deverão desistir da candidatura, tanto que segue conversando com possíveis aliados sobre a futura composição e disputa a vice. Até mesmo com Percival já houve reunião, mas o desgaste do atual prefeito com o PSD por conta das supostas declarações de compra de candidatos hoje sacramenta um abismo. O caso segue na Justiça, numa ação movida pelo presidente estadual do PSD e vice governador do Estado, Carlos Fávaro. Zé do Pátio, é sabido, segue mais simpático ao nome de Ibrahim e ao PSD.
Outro que deverá desistir da majoritária é o tucano Rogério Salles, atual vice prefeito de Rondonópolis e pré-candidato. O PSDB exigiu candidaturas no Estado e não há chances atuais de composição com o PPS. O racha está dado e aí mora a brecha para o fortalecimento da candidatura de Adilton Sachetti. Não com Salles a vice, mas sim com outro tucano.
Rodrigo Lugli, o da Zaeli, atual vereador, pode aceitar o desafio e vir a vide de Sachetti. Tem mostrado disponibilidade e conta com aval dentro do PSDB. Tem no projeto político e pessoal ser deputado estadual, mas no momento lhe cairia bem tal aliança.
De volta a Zé do Pátio, a unificação dos nomes grandes numa só candidatura está descartada. O deputado não tira o pé nem recua, e a presidência do Solidariedade confirmou que a ideia "foi para o ralo". Sem chance, como já adiantado por esta coluna.
Apenas uma peça ainda não está posta no tabuleiro: quem seria o vice de Percival? Estamos, porém, às vésperas de descobrir.