TEIMOSOS

PSB rachou com Temer. Como ficam os parlamentares de Mato Grosso?

por GazetaMT

19 de Maio de 2017, 09h31

PSB rachou com Temer. Como ficam os parlamentares de Mato Grosso?
PSB rachou com Temer. Como ficam os parlamentares de Mato Grosso?

Em âmbito nacional, rachou publicamente o Partido Socialista Brasileiro -PSB com atual governo Michel Temer. Antes base aliada, a sigla, agora, se posiciona contrária a todas as reformas propostas, saída do atual ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, bem como a renúncia do presidente da República, envolvido e incriminado no mais recente escândalo político nacional. Neste cenário, paira a dúvida: que posição terão os parlamentares do PSB Mato Grosso daqui pra frente?

Para recapitular, não faz muito tempo, o deputado federal por este Estado, Fábio Garcia, votou a favor da reforma trabalhista na Câmara, contrariando a ordem da Executiva. Acabou, por decisão da cúpula, destituído do PSB. Logo após, demais parlamentares filiados ao partido em Mato Grosso publicaram nota conjunta em repúdio à ação do partido, com direito menções pesadas. Sem decoro, por assim dizer.

O resultado, então, foi a destituição coletiva. Todos os parlamentares do PSB em Mato Grosso sofreram a mesma punição de Garcia. Entre eles, o também deputado federal Adilton Sachetti, que não participou da votação que derrubou Garcia. Em recente entrevista, Sachetti sinalizou seguir contrariando o partido.

Em nota oficial publicada nesta semana, a Executiva Nacional do PSB ressaltou a postura contrária ao governo Temer. Cada posicionamento com seu devido argumento. O texto completo está aqui. É sabido, ainda, que o PSB tende a seguir caminho autônomo no cenário nacional, não se colocando base aliada de Temer nem oposição. Este segundo rótulo o alinharia a partidos como o PT, combatido pelos Socialistas nos tempos de impeachment.

De olho nas eleições de 2018, aos parlamentares do PSB Mato Grosso, duas opções: baixar a cabeça e engolir a teimosia ou consolidar a debandada. Alguns, inclusive, já tem recebido convite de outras siglas fortes no Estado para trocar a bandeira e concorrer aos pleitos do próximo ano. É a possibilidade mais credível.

Além de Fábio Garcia, Sachetti e Eduardo Botelho (presidente da Assembleia Legislativa do Estado), também foram destituídos da os deputados Oscar Bezerra e Max Russi, que hoje comanda a secretaria estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas). A decisão do diretório nacional também atinge o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes.