urgente

Fábio Cardoso defende diálogo entre Estado e a Santa Casa para que os atendimentos sejam retomados

O montante em atraso para Santa Casa de é de R$ 1,1 milhão.

por GazetaMT

10 de Agosto de 2017, 07h34

Fábio Cardoso defende diálogo entre Estado e a Santa Casa para que os atendimentos sejam retomados
Fábio Cardoso defende diálogo entre Estado e a Santa Casa para que os atendimentos sejam retomados

É preciso que o governo do Estado "sente", urgentemente, com a direção da Santa Casa de Rondonópolis para encontrar uma forma de resolver logo o impasse sobre repasses de recursos e assim os atendimentos da população serem retomados. A afirmação foi feita pelo vereador Fábio Cardoso (PPS), na tribuna da Câmara, na sessão de quarta-feira (9).

Assim como outros quatro hospitais filantrópicos de Cuiabá, a Santa de Casa de Rondonópolis paralisou os atendimentos, na segunda-feira (7), alegando a falta de repasses por parte do governo do estado. O montante em atraso, segundo a Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso, passa de R$ 10 milhões, sendo que com a Santa Casa de Rondonópolis o déficit é de R$ 1,1 milhão.

"Sabemos que o momento econômico do país com um todo é difícil. Mas, o governo do Estado precisa sentar e conversar com a direção da Santa Casa para estudar uma forma de resolver a situação, de ajudar o hospital para que continue atendendo a nossa população", destacou Fábio.

Fabio disse que tem acompanhado a situação com preocupação, pois a Santa Casa de Rondonópolis, que desempenha um trabalho de atendimento hospitalar importante não só para Rondonópolis, mas também para outros 18 municípios da região, por conta da dificuldade financeira, pode deixar de prestar serviços, caso o governador Pedro Taques (PSDB) não reveja a posição de não repassar mais recursos para Santa Casa e outros hospitais filantrópicos do Estado.

Na Santa Casa foram paralisados na segunda-feira o atendimento da maternidade, das cirurgias eletivas - aquelas que são agendadas, além atendimento ambulatorial e a internação de novos pacientes nas Unidades de Terapia Intensivas - UTIs.

O governador Pedro Taques, por sua vez, afirmou que não há nenhum contrato e nenhuma dívida com os hospitais filantrópicos. Disse ainda que, diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelos hospitais filantrópicos, autorizou apenas um repasse emergencial para os hospitais durante três meses, em virtude da defasagem da tabela do SUS e os constantes atrasos de pagamentos pelos serviços prestados.

O montante repassado foi de R$ 2,5 milhões nos meses de dezembro de 2016, janeiro e fevereiro de 2017, totalizando um repasse de R$ 7,5 milhões. Sendo que este valor mensal para ser dividido entre a Santa Casa de Rondonópolis e mais os hospitais de Cuiabá: Santa Casa, Santa Helena, HGU (Hospital Geral Universitário) e Hospital do Câncer.

Diante da crise econômica e escassez de recursos do Estado, o governo disse que comunicou, em 18 de julho, aos representantes que não tinha condições de continuar com o auxílio financeiro. Entretanto, a intenção dos hospitais filantrópicos é de que o governo do Estado continuasse com a ajuda financeira, pelos menos nos quatro meses seguintes.

Só com a Santa Casa de Rondonópolis o montante mensal foi de R$ 300 mil, "uma quantia mensal que vinha sendo paga e que é consideravelmente pequena, mas que ao ser jogada ao longo do ano acaba sendo importante para manutenção do Hospital que faz um trabalho fundamental para saúde pública da região", assinalou Fábio, acrescentando que, por isso, é importante que as partes busquem entendimento para que os serviços não fiquem paralisados e a Santa Casa tenha condições financeiras de seguir desempenhando um serviço completo.