VERBA DE BRASÍLIA

Ainda em greve, Santa Casa recebe recurso de deputado federal

Investimento de R$300 mil atenderá central de materiais esterilizados

por Robson Morais

02 de Março de 2017, 07h55

Ainda em greve, Santa Casa recebe recurso de deputado federal
Ainda em greve, Santa Casa recebe recurso de deputado federal

A Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis recebeu investimento para a chamada Central de Materiais Esterilizados -CME da unidade hospitalar. O montante, de R$300 mil, custeará manutenção do setor, ainda que os atendimentos permaneçam paralisados por conta da segunda greve em dois anos desencadeada pelos médicos que compõem o corpo clinico. Há pelo menos quatro meses, não há repasse de recurso por parte do Governo do Estado.

Todo o investimento para a CME veio direto de Brasília, por meio de articulação do deputado federal Valtenir Pereira -PMDB/MT. "Cada um dos materiais utilizados todos os dias no hospital precisam ter um bom condições para melhorias no controle de qualidade", pontua. O recurso, lembra o parlamentar, não será destinado à compra equipamentos adquiridos via Emenda do senador José Medeiros -PSD/MT. "Eles (equipamentos) a Santa Casa já tem. O que precisávamos era mesmo um reforço na reestruturação", diz. Pereira aproveitou, ainda, para anunciar previsão de implantação entre 2016 e 2017 de novas unidades de saúde onde funcionava o antigo Pronto Atendimento -PA.

A Santa Casa de Rondonópolis terá o maior CME do Estado. Todos o centro cirúrgico antigo será ocupado pelos equipamentos adquiridos via Emenda do senador José Medeiros -PSD/MT. O investimento ultrapassa a casa dos R$3 milhões.

Greve continua

A paralisação dos médicos que compõem o corpo clínico da Santa Casa continua até que o Governo do Estado de Mato Grosso repasse à unidade os valores referentes aos salários e demais encargos competentes aos últimos quatro meses. O último repasse, referente a outubro de 2016, não impediu o acúmulo da dívida da Santa Casa com fornecedores e funcionários, que hoje beira a casa dos R$8 milhões.

Em setembro do último ano, quando a Santa Casa fez a primeira paralisação em seus serviços, a falta de repasses havia ultrapassado a casa dos R$30 milhões, montante que não entra nesta nova dívida. O custeio da ala infantil, por exemplo, só vinha possível por meio de recurso do hospital.

Segundo informado à reportagem, houve avanços no diálogo da Santa Casa junto à Secretaria Estadual de Saúde. "Temos conversado e já sabemos que há recurso do Estado em processo de destinação para a Santa Casa. Isso demonstra que é provável que nas próximas semanas consigamos resolver este impasse", adianta o vice-diretor presidente da Santa Casa, médico Kemper Carlos Pereira.