ZELOTES

Defesa de Lula desiste de Blairo Maggi como testemunha

por GazetaMT

15 de Agosto de 2017, 08h51

Defesa de Lula desiste de Blairo Maggi como testemunha
Defesa de Lula desiste de Blairo Maggi como testemunha

A informação foi publicada na edição online desta terça-feira, 15, do jornal carioca O Globo. O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e seu filho desistiu de ter o mato-grossense ministro Blairo Maggi como sua testemunha de defesa em processo da Operação Zelotes.

A ação tramita na Justiça Federal do Distrito Federal. A desistência foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, na segunda-feira. Além de Maggi, a defesa de Lula e Luís Cláudio, o "Lulinha", desistiu do depoimento do presidente da Câmara dos Deputado Rodrigo Maia -DEM/RJ.

Lula e o filho foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), em Brasília, pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito da Operação Zelotes. A acusação atinge também o casal de lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni. O juiz Vallisney decidiu dar prosseguimento às denúncias, em maio deste ano.

Segundo o MPF, a denúncia foi feita após as investigações apontarem indícios de envolvimento do petista e de seu filho, além do lobista Mauro Marcondes e da engenheira Cristina Mautoni em negociações apontadas pelos investigadores como irregulares e que levaram à compra de 36 caças do modelo Gripen NG pelo governo brasileiro. Também há indícios de irregularidades na prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio de uma medida provisória, segundo o MPF.

O MPF sustenta que os crimes foram praticados entre 2013 e 2015 quando Lula, na condição de ex-presidente, integrou um esquema que "vendia a promessa" de que ele poderia interferir junto ao governo para beneficiar as empresas MMC, grupo Caoa e SAAB, clientes da empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia (M&M). "Em troca, Mauro e Cristina, donos da M&M, repassaram a Luiz Cláudio pouco mais de R$ 2,5 milhões", escreveram os procuradores República Hebert Mesquita, Frederico Paiva e Anselmo Lopes.