PREOCUPAÇÃO

Mulher que veio da África quebra quarentena e é monitorada pela Vigilância Sanitária em MT

Na tarde dessa terça-feira (30) a equipe da Vigilância foi até a residência e a avó dela, de 72 anos, informou que ela havia saído com os filhos, de 6 e 11 anos, para ver a irmã em uma loja no shopping de Várzea Grande.

por G1

01 de Dezembro de 2021, 12h32

Assessoria
Assessoria

Uma passageira de 28 anos que desembarcou nessa segunda-feira (29) em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, de um voo que saiu de Joanesburgo, na África do Sul, está sendo monitorada pela Vigilância Sanitária do município por causa dos registros da nova variante ômicron no Brasil. 

Nessa terça-feira (30), o Instituto Adolfo Lutz confirmou dois resultados positivos para a variante do coronavírus no país em dois passageiros vindos da África do Sul foi feito pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo. E, nesta quarta-feira (1º), a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo confirmou o terceiro caso em um passageiro da Etiópia que desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande SP, no último sábado (27). 

De acordo com o relatório da Vigilância, a jovem chegou à noite em Várzea Grande em um voo que saiu de Joanesburgo, onde ela mora, e foi para a a casa da avó.

Na tarde dessa terça-feira (30) a equipe da Vigilância foi até a residência e a avó dela, de 72 anos, informou que ela havia saído com os filhos, de 6 e 11 anos, para ver a irmã em uma loja no shopping de Várzea Grande.

"Fizemos toda a investigação e a coleta. Agora, ela vai ficar em quarentena e em monitoramento nos próximos 12 dias", disse a superintendente de Vigilância em Saúde de Várzea Grande, Relva Cristina.

A avó confirmou que a neta havia recebido uma mensagem de um profissional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no celular, orientando acerca da necessidade da quarentena obrigatória de 14 dias quando chegasse ao destino. 

A equipe entrou em contato com a passageira e reforçou a necessidade de quarentena e afirmou que a situação dela seria informada às autoridades sanitárias. 

A jovem apresentou resistência e disse que não havia sido informada formalmente sobre o isolamento. 

Ela reside em Joanesburgo e veio para o Brasil para buscar os filhos. Por causa disso, ela informou que estaria de passagem rápida e que não conseguiria realizar a quarentena de 14 dias para retornar. 

Quando a passageira chegou à residência estava com as duas crianças no banco de trás do carro. Nenhum deles usa máscara de proteção. 

"Chegou ao local de forma relutante, levantando vários questionamentos sobre a necessidade da realização da quarentena, e dizendo que não havia sido informada formalmente", diz trecho do relatório. 

A jovem também argumentou que no e-mail que recebeu da Anvisa, contendo orientações acerca da viagem, havia a informação de que “caso observasse o aparecimento de sintomas, poderia ser indicado pelas autoridades sanitárias a realização do isolamento”, e afirmou que ela não oferecia risco, pois se encontrava sem sintomas e teria testado negativo antes de embarcar, além de ter tomado as duas doses da vacina contra a Covid-19.