RONDONÓPOLIS

Operação da PF investiga “banco paralelo' que financiou mais de R$ 500 milhões para o crime

Este montante foi utilizado em ações de tráfico, contrabando de agrotóxico e roubos em MT

por Emerson Dourado com PF

01 de Dezembro de 2021, 08h18

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Divulgação

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (1°) a Operação Argentarius, que investiga uma organização criminosa uma organização criminosa que atuava como um banco paralelo financiando atividades como tráfico de drogas, contrabando de agrotóxico, roubo e adulteração de carga de insumos agrícolas. Com o objetivo de dar um duro golpe no crime organizado estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, dos quais 23 são em Rondonópolis.

As investigações apontaram que foram movimentados uma cifra de mais R$ 500 milhões. Onde apenas dois dos principais alvos movimentaram mais de 220 milhões. Outro ponto que chamou a atenção dos agentes mostra que valores movimentados e os bens dos investigados são incompatíveis com a renda declarada pelos envolvidos aumentando as suspeitas de que sejam produto de atividades criminosas.

Para “limpar” o dinheiro arrecadado no crime, a organização utilizava de laranjas que emprestavam suas contas para que ocultar a origem e destino dos valores. Assim essas pessoas não possuem poder econômico para tais movimentações. Além de empresas de fachadas que também serviam para o mesmo fim, que não tinha ao menos um funcionário registrado e endereços falsos.

Além de Rondonópolis, outros mandados estão sendo cumpridos em Cuiabá (04), Paranavaí (01) e um Santana do Araguaia (01).

O nome da operação faz referência aos 'Argentarius', que eram personagens do Império Romano responsáveis por bancos de depósito e operações de câmbio. Eram bancos particulares, com atuação, portanto, semelhante ao do principal alvo da operação.