IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO
Equoterapia proporciona a reabilitação de pessoas com dificuldades física ou mental
Serviço atende a uma média de 25 pessoas em Rondonópolis, a maioria começou por orientação médica.
10 de Dezembro de 2013, 09h00

A equoterapia é um tratamento que auxilia as pessoas que possuem algum tipo de deficiência, física ou mental, e também ajuda a tratar o estresse. Aqui em Rondonópolis, este tipo de terapia é oferecido no Parque de Exposições da cidade e geralmente recebe praticantes por meio de indicação médica e por interesse da população.
A coordenadora da atividade no município, a fonoaudióloga Elaine Cristina Barbosa, disse que há uma média de 25 pessoas, principalmente crianças, que são atendidas pela equoterapia. Ela afirmou que o tratamento trabalha a habilitação e a reabilitação do indivíduo.
"Na equoterapia, o praticante tem a sua visão de mundo alterada. O cavalo vai proporcionar uma afetividade única. O tratamento trabalha com as potencialidades que cada pessoa possui. Esse exercício reabilita pelo fato de que a cada deslocamento, a cada 30 minutos de terapia, o cavalo desencadeia cerca de 2,3 mil deslocamentos de cada articulação do corpo", contou a fonoaudióloga.
Elaine Barbosa explicou que a equoterapia é indicada em casos de estresse, de paralisia cerebral, de patologias degenerativas, de autismo, no atraso do desenvolvimento neuro-psicomotor, retardo de linguagem, na deficiência auditiva e visual. Ela reiterou que a atividade também pode servir para aqueles que possuem síndrome de Down e também para as crianças que possuem dificuldade de aprendizagem.
Além da fonoaudióloga, o praticante deste tratamento é atendido por outros profissionais que formam uma equipe multidisciplinar. O fisioterapeuta, Junialbérico Matuzalem de Castro Filho, é um dos que fazem parte deste grupo e falou que a marcha realizada pelo cavalo proporciona os mesmos passos de um ser humano.
"O que nós procuramos trabalhar com um praticante: fisioterapia, alongamento, exercício de fortalecimento e treino de marcha. Então a gente desenvolve de acordo com a necessidade da pessoa. Para isso, montamos um protocolo de tratamento e traçamos o objetivo que queremos alcançar com o paciente", informou Junialbérico Filho.
O fisioterapeuta enfatizou que o caminho para alguém passar pelo tratamento é tanto ela, quanto o próprio profissional gostar de cavalo. Ele acrescentou que este animal promove a amizade, reeducação e disciplina das crianças e de outros praticantes.
"Quando a criança faz uma fisioterapia tradicional muitas vezes ela acaba chorando, porque não quer fazer e desanima. Todavia, na equoterapia é diferente, pois ela vai andar no cavalo por lugares lindos, passará por baias e vai passear pelo Parque de Exposições, que é um local muito agradável. A partir disso ela passa a ter amor pelo tratamento que faz e responde para a gente com um sorriso", relatou Junialbérico.
O educador físico, Edson Richart Junior, também integra a equipe de equoterapia aqui na cidade. Ele comentou que atua nas partes dinâmica, recreativa e trabalha com alongamento e a questão da postura durante o tratamento.
"O ganho para gente é muito grande, por estar proporcionando a essas pessoas que possuem algum tipo de dificuldade uma oportunidade de melhora", concluiu o profissional.