SAÚDE

A importância da ultrassonografia no pré-natal

por Hélio Pereira de Lima Junior

10 de Junho de 2021, 09h13

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Divulgação

O período gestacional normalmente é um momento que acarreta grandes mudanças de vida, tanto emocionais, quanto físicas para a mulher. Por ser um quadro complexo, é necessário que se inicie o acompanhamento médico o quanto antes, assim que é descoberta a gravidez. Esse processo importante é o conhecido “pré-natal”, que se estende até a data do parto.

O pré-natal irá possibilitar um amplo relacionamento entre médico, mãe, pai e bebê, sendo realizados diversos exames que irão amparar e averiguar o desenvolvimento da criança. Como são muitas alterações no corpo e que influenciam diretamente no desenvolvimento fetal, quanto antes iniciado, melhor.

A intenção é reduzir a possibilidade de desenvolvimento de problemas materno-fetais, tais como abortos, malformações e doenças que prejudiquem a saúde da mãe e filho. Para essa averiguação, são utilizados alguns métodos, entre eles e já muito conhecido entre os pais, o ultrassom.

A ultrassonografia não apresenta quaisquer efeitos colaterais. Através dela, é possível analisar o desenvolvimento do neném, identificar se há má-formação, por exemplo. É através dela também que se consegue identificar, mais ou menos a partir da 13ª semana, o sexo do bebê, um dos momentos mais aguardados pelos pais.

Continue lendo e descubra alguns detalhes importantes desse período:

 - Por que fazer pré-natal?

É através dele que o médico irá orientar e analisar a saúde da mãe e do bebê, prevenindo complicações durante a gravidez e parto. Durante toda a gestação são realizados exames com o objetivo de identificar e tratar doenças que possam surgir.

 - O que é ultrassonografia e quando é indicada?

A ultrassonografia é uma técnica de diagnóstico por imagem que não possui efeitos colaterais. É indicada para observar o desenvolvimento do feto; identificar doenças no ovário, tubas uterinas e útero; visualizar órgãos; avaliar a saúde fetal e da interação entre mãe-feto

.- O que ela pode evitar?

Por oferecer informações sobre o desenvolvimento, pode ajudar a evitar aborto ou nascimento prematuro. Além disso, verifica a anatomia do bebê, o surgimento de doenças e até se há alguma malformação durante o desenvolvimento intrauterino.

- Como e quais tipos são realizados durante esse período?

Ao longo da gestação, são realizadas ultrassonografias transvaginais e suprapúbicas, que são externas, realizadas pelo abdômen.

- Transvaginal: geralmente realizada entre a 7ª e a 8ª semana de gestação. Ela verifica a quantidade de embriões, a localização da gravidez e determina o tempo de gestação. Como no início da gestação o feto pode medir até 5 cm, é preciso observar mais de perto, a fim de obter boas imagens. Em alguns casos, já é possível ouvir os batimentos cardíacos.

- Morfológico: são realizadas três durante a gestação. A primeira, entre a 11ª e a 13ª semanas, com o objetivo de detectar sinais que podem sugerir algumas síndromes, como a síndrome de Down, por exemplo. No 2º trimestre, entre a 21ª e a 23ª semana, é realizada outra, para analisar características de formação morfológica dos diversos órgãos.

A última ultrassonografia obrigatória é feita na 35ª semana e é destinada a orientar o planejamento do parto. O objetivo é observar a posição, crescimento, a localização da placenta, a quantidade de líquido amniótico, respiração e movimentação do bebê. Com essas informações é possível determinar o procedimento mais adequado.

* Hélio Pereira de Lima Junior é ginecologista e obstetra do Hospital São Judas Tadeu