GUERRA TARIFÁRIA

Fagundes propõe suspensão do recesso no Congresso Nacional

por Da redação

11 de Julho de 2025, 08h08

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Divulgação

Diante da crise diplomática desencadeada pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) propôs a suspensão imediata do recesso parlamentar e a adoção de um plantão diuturno no Congresso Nacional para tratar das medidas diplomáticas e econômicas cabíveis.

“Eu quero alertar, inclusive já nos reunimos para que o Congresso Nacional não tenha recesso parlamentar, porque a situação pode ser grave e isso precisa de um plantão diuturno”, afirmou o senador, em entrevista à Jovem Pan.

A declaração foi feita após Trump divulgar carta em que justifica a taxação com duras críticas ao Brasil. No documento, o republicano classificou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) como “uma vergonha internacional” e acusou o Brasil de promover “ataques insidiosos contra eleições livres” e de violar a liberdade de expressão de empresas americanas.

Para o parlamentar, a gravidade da situação exige que o Congresso esteja em pleno funcionamento, inclusive com convocações urgentes de ministros e representantes do Itamaraty e da Fazenda para explicar os desdobramentos da crise e articular respostas institucionais.

“É hora de colocar o Brasil acima das disputas partidárias. O Congresso precisa assumir sua responsabilidade diante dessa ofensiva externa. A economia, o comércio e o agro brasileiro não podem ser penalizados por uma política externa marcada pela improvisação e pela ideologização”, disse o senador.

Durante o recesso parlamentar, que ocorre neste ano de 18 a 31 de julho, o Regimento Comum prevê a atuação da Comissão Representativa do Congresso Nacional, responsável por acompanhar temas urgentes. No entanto, Wellington Fagundes defende uma mobilização mais ampla, com sessões extraordinárias e participação efetiva das comissões permanentes e das lideranças partidárias. “A situação pode ser grave e exige atenção  resposta firme”, finalizou.