OPINIÃO

Liderança aumentada por IA: um novo jeito de liderar

por Fernando Wolff

11 de Julho de 2025, 06h00

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Divulgação

Liderar sempre foi um desafio, tanto para os líderes quanto para as empresas que oferecem treinamento aos profissionais. O advento da Inteligência Artificial generativa e a sua rápida incorporação ao cotidiano das empresas não apenas muda os processos operacionais e tarefas rotineiras, como também transforma a essência do liderar.  Hoje, temos um novo cenário: líder aumentado por IA.


Essencialmente, um  líder aumentado é aquele que se apoia em sistemas inteligentes para tomar decisões mais rápidas, embasadas com dados em tempo real. E, principalmente, tem a humildade de reconhecer que o melhor insight pode vir tanto dos colaboradores quanto de modelos preditivos bem treinados. 


Porém, essa nova abordagem não elimina as qualidades humanas que são fundamentais para a liderança, por exemplo: empatia, escuta ativa, ética e visão. Muito pelo contrário, ela as potencializa, porque o digital exige um esforço maior para não perder a essência humana. Graças à IA, os líderes que antes tinham tarefas repetitivas conseguem ter tempo de se dedicar ao que realmente é importante: desenvolver talentos, promover inovação e antecipar as transformações, além, é claro de fortalecer os softskills (habilidades comportamentais) e hardskills (habilidades técnicas). 


Ademais, além de produtividade, as ferramentas possibilitam mapear padrões de engajamento das equipes, permitindo que líderes percebam sinais de burnout antes que se tornem críticos, a partir de uma linguagem natural, com feedbacks contínuos e de forma contínua e não invasiva.  As soluções também permitem visualizar com mais precisão as oscilações econômicas e comportamentais do mercado, fazendo com que as lideranças sejam mais proativas, adaptativas e inclusivas.

Porém, mesmo em meio aos diversos avanços, há desafios a serem enfrentados, principalmente porque existe uma linha muito tênue entre usar a IA como suporte e ao mesmo tempo, delegar decisões críticas sem discernimento. Portanto, cabe ao líder aumentado ser também um protagonista ético, que se mantenha atualizado sobre como os algoritmos funcionam e os seus vieses, assim como assegurar a transparência e  preservar a autonomia humana.  

A meu ver, o futuro da liderança aumentada por IA é o agora. As startups, grandes empresas e organizações públicas estão testando e adotando esse novo modelo. Quanto antes os líderes se abrirem para essa transformação, mais preparados vão estar para enfrentar os desafios em um mundo cada vez mais digital, volátil e competitivo, fazendo da inteligência artificial uma ferramenta coletiva e potente nas conexões humanas. 



*Fernando Wolff, é CEO e Sócio-fundador da Tech4Humans,  uma startup com duas áreas de negócios: SaaS e AIaaS. No SaaS, oferece soluções avançadas de hiperautomação para operações de atendimento a clientes facilitando a gestão, automação e acompanhamento de solicitações. No AIaaS, a plataforma Tech4.ai permite às empresas construir e implementar soluções de inteligência artificial com tecnologias open source, garantindo agilidade, governança e alto desempenho. Por meio de suas tecnologias, os clientes da Tech4humans conseguem melhorar a eficiência operacional, reduzir custos e aumentar a qualidade do atendimento ao cliente, facilitando a escalabilidade das operações, sempre com a garantia de compliance com processos e regulamentações.