OPINIÃO

O combate começa pela prevenção

por Alexandre Enout

11 de Setembro de 2025, 06h00

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Divulgação
Nos últimos anos, os incêndios florestais têm se mostrado um dos maiores desafios ambientais do Brasil, ameaçando a biodiversidade, a saúde pública e a vida das comunidades que dependem diretamente dos biomas. Em 2025, um cenário positivo tem chamado a atenção: dados apontam para uma redução no número de incêndios florestais no país, resultado de uma combinação de fatores que envolvem condições climáticas mais favoráveis, avanços na estrutura de prevenção e maior integração entre instituições públicas e privadas.   
Nos últimos anos, os incêndios florestais têm se mostrado um dos maiores desafios ambientais do Brasil, ameaçando a biodiversidade, a saúde pública e a vida das comunidades que dependem diretamente dos biomas. Em 2025, um cenário positivo tem chamado a atenção: dados apontam para uma redução no número de incêndios florestais no país, resultado de uma combinação de fatores que envolvem condições climáticas mais favoráveis, avanços na estrutura de prevenção e maior integração entre instituições públicas e privadas.   
Nos últimos anos, os incêndios florestais têm se mostrado um dos maiores desafios ambientais do Brasil, ameaçando a biodiversidade, a saúde pública e a vida das comunidades que dependem diretamente dos biomas. Em 2025, um cenário positivo tem chamado a atenção: dados apontam para uma redução no número de incêndios florestais no país, resultado de uma combinação de fatores que envolvem condições climáticas mais favoráveis, avanços na estrutura de prevenção e maior integração entre instituições públicas e privadas.   
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No Pantanal e no Cerrado mato-grossense, essa redução também foi percebida. Entretanto, é preciso destacar que, por mais que as ações humanas tenham papel determinante, a questão climática continua sendo o fator fundamental na dinâmica dos incêndios florestais. Neste ano, tivemos chuvas regulares no período chuvoso e até mesmo precipitações atípicas no mês de agosto, mantiveram a umidade da vegetação e uma boa superfície de água nos campos alagáveis do Pantanal, criando condições ideais para as equipes atuarem de forma ainda mais eficaz na prevenção.   


Com o risco reduzido, a Brigada Sesc Pantanal intensificou os trabalhos preventivos, que têm custo menor que o combate. Realizamos a manutenção de acessos estratégicos dentro das três áreas naturais: a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, o Parque Sesc Baía das Pedras e o Parque Sesc Serra Azul. Esse trabalho, apesar de pouco percebido pelas pessoas, é fundamental: os acessos facilitam a atuação rápida e dificultam o avanço das chamas.   

  

Esse planejamento fez a diferença nas poucas ocorrências registradas em agosto. Os pequenos focos foram combatidos de forma rápida e eficiente, impedindo que se transformassem em grandes incêndios.   

  

Para trabalhar na prevenção e no combate, o Polo Socioambiental mantém uma estrutura completa de apoio, composta por profissionais, além de uma frota que conta com avião para monitoramento, caminhões-pipa, tratores, carretas-tanque, kits-combat, bombas costais e outros equipamentos. Além disso, a participação no Comitê Estadual de Gestão do Fogo e na Sala de Situação Central, coordenadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, garante integração com outras instituições e reforça a rede de proteção contra os incêndios.   

  

Além disso, acreditamos que a verdadeira prevenção começa com a educação. Por isso, nossa campanha em 2025 traz o tema “O combate começa pela prevenção aos incêndios florestais”, e é voltada para sensibilizar comunidades pantaneiras, povos indígenas, fazendeiros e visitantes sobre a importância do cuidado com o fogo. Esse trabalho inclui ações educativas em escolas, palestras, distribuição de materiais informativos e conversas diretas com as comunidades.   

  

Até este momento, o cenário é positivo e seguimos trabalhando, com a consciência de que a prevenção é um trabalho contínuo e que os desafios permanecem. 


Alexandre Enout é ecólogo e gestor da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal.