FRAUDE ELETRÔNICA
Operação mira associação criminosa instalada em MT que aplicava golpes em 15 Estados do país
Mandados contra os suspeitos, identificados em investigação da Polícia Civil do Distrito Federal, foram cumpridos pela equipe da 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande
12 de Fevereiro de 2025, 13h04
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A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande e em apoio a 17ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, cumpre, nesta quarta-feira (12.2), ordens judiciais em operação com objetivo de desarticular uma associação criminosa dedicada à prática de estelionatos na modalidade de clonagem de aplicativo de mensagens.
Na operação, são cumpridos três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva contra o líder da associação criminosa, além de medidas de sequestro de valores. O investigado já possuía antecedentes por roubo em Mato Grosso.
Os alvos da operação responderão pelos crimes de estelionato (fraude eletrônica), associação criminosa e lavagem de capitais.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil do Distrito Federal iniciaram no mês de setembro de 2024, após um morador de Taguatinga (DF) receber mensagens em seu aplicativo de um perfil com a foto de seu irmão lhe pedindo uma transferência bancária urgente. A vítima não se atentou que se tratava de um golpe e transferiu R$ 472 para a conta dos golpistas.
A investigação perdurou por cinco meses e levou a identificação dos autores, moradores de Várzea Grande, de onde praticavam golpes contra vítimas de diversos Estados do país, utilizando-se de transferências bancárias sucessivas para ocultar o proveito do crime.
Somente em dois meses, foi identificada a habilitação de 66 linhas telefônicas diferentes, com prefixos de 15 estados da federação (Espírito Santo, São Paulo, Maranhão, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Ceará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Goiás, Acre, Pará e Paraíba). Já a conta bancária utilizada nos golpes chegou a receber cerca de R$ 130 mil em transferências de vítimas em um único mês. O caso segue sob investigação.