Nascido em Rondonópolis, cidade banhada pelo Rio Vermelho que é um dos seus cartões postais, Rafael Irinei cresceu, estudou e morou nela até ingressar na universidade em Cuiabá. Mesmo estando na capital não esqueceu suas raízes, e na oportunidade de trazer um pouco de sua história para dentro da sala de aula, aproveitou um projeto universitário para retratar o trajeto do curso das águas no município com o curta metragem.

Cursando o sexto semestre de comunicação social na Universidade Federal de Mato Grosso, já mostra sua tendência e paixão pelo cinema. No ano passado produziu o documentário "Cururu e Siriri" que foi apresentado em Campo Grande, Rio de Janeiro, Porto Velho, Cuiabá e em Rondonópolis. Mas agora volta com força com "Meu Rio Vermelho" e já tem previsão de apresentar seu novo trabalho até na Argentina.

Para a produção que durou 7 meses, Rafael teve que percorrer o rio de barco e de carro, e neste período se deparou com situações desagradáveis como o escoamento de agrotóxico usados por produtores nos pastos que acabam contaminando as águas piscosas e assim matando diversas espécies, além de muito esgoto à céu aberto que tinham o rio como seu destino final.  

Também foi possível captar a cultura dos ribeirinhos, personagens ao longo da história, o meio ambiente, atividades de pesca, lazer à beira rio e um pouco do Pantanal. Toda esta mistura de conteúdo foram encontradas ao longo das correntezas desse rio e que é o fio condutor da obra.

"Marcante para mim neste trabalho foi ver que quem mora na beira do rio não tem voz e que a poluição é muito grande. Este documentário compartilha impressões acerca da importância sócio-econômico-cultural e da necessidade de preservação dessas água", destaca o autor do curta.

Segundo o estudante, um trailer sobre o documentário está sendo produzido e em alguns dias será compartilhado na página oficial do curta metragem "Meu Rio Vermelho". Na página existe algumas fotos das gravações e a oportunidade de se contar mais histórias sobre o rio.

Sem Apoio - Não podendo contar com a colaboração do seu município, Rafael reclama da falta de incentivo da Prefeitura de Rondonópolis. O estudante alega que pediu apoio na divulgação do seu material e na colaboração para a produção da legenda em espanhol já que está prevendo exibições internacionais, mas segundo o autor, não houve nem conversa com a secretaria de cultura.