EDUCAÇÃO

Gestores da rede de ensino de Rondonópolis participam de formação sobre educação inclusiva

Mês de setembro também celebra a conscientização e a luta pela inclusão da pessoa com deficiência. O próximo encontro acontece nesta sexta-feira, 12 de setembro.

por Da redação

12 de Setembro de 2025, 12h20

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Divulgação

Gestores da rede municipal de ensino de Rondonópolis estão realizando um curso de aperfeiçoamento voltado para a educação especial. A iniciativa busca trabalhar na prática os desafios e as possibilidades envolvidas no exercício da educação inclusiva em sala de aula. A ação vai ao encontro das propostas da campanha setembro verde, destinada à visibilidade e conscientização a respeito da necessidade de inclusão das pessoas com deficiência nas escolas e no mercado de trabalho.

O Brasil tem 14,4 milhões de pessoas vivendo com algum tipo de deficiência, número que corresponde a 7,3% da população, segundo dados divulgados em maio deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa também aponta que 63% das pessoas com deficiência e com 25 anos ou mais de idade, não completaram nem ao menos o ensino fundamental e apenas 7,4% concluíram o ensino superior.

Como forma de trabalhar a transformação dessa realidade, foi criada uma articulação entre o Ministério da Educação (MEC), a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) e a Prefeitura Municipal para atender não apenas os professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), mas também os gestores escolares de Rondonópolis, promovendo um aprendizado conjunto e alinhamento de ações que contribuam para uma prática e gestão pedagógica mais inclusivas.

A iniciativa também conta com a participação de instituições representativas da comunidade, como a Associação Rondonopolitana de Pessoas com Transtorno Autista (ARPTA) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).

A coordenadora do projeto na UFR, professora Aline Fernanda Ventura Sávio Leite, do curso de pedagogia da instituição, explica que o curso pretende fortalecer a atuação dos gestores enquanto líderes de processos educativos inclusivos, ampliando sua capacidade de garantir a efetivação dos direitos educacionais no cotidiano escolar, com base nos princípios da equidade, diversidade e justiça social.

Os professores e gestores da rede municipal devem cumprir até o final do ano, 180 horas de atividades de ensino, envolvendo encontros presenciais, apresentações ao vivo por meio de ambiente virtual de aprendizagem, e atividades práticas nas escolas. O próximo encontro presencial ocorre nesta sexta-feira, 12 de setembro.

Ao longo das aulas, serão abordados temas que envolvem a dimensão pedagógica da gestão escolar, destacando as principais práticas e estratégias que favorecem a inclusão de todos os estudantes, com ênfase nas políticas educacionais, metodologias de ensino, planejamento, dentre outros fatores que favorecem a promoção de um ambiente escolar acessível e acolhedor com igualdade e equidade para todos.

De acordo com a gerente do Departamento de Educação Inclusiva da Prefeitura de Rondonópolis, Geicivani Fernandes, a iniciativa pretende garantir o atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. “Com a garantia de sistema educacional inclusivo e de salas de recursos multifuncionais matriculadas nas unidades da rede municipal de ensino”, afirmou.

A campanha Setembro Verde envolve duas iniciativas distintas. Uma delas, procura conscientizar a população sobre medidas de inclusão de pessoas com deficiência, buscando garantir oportunidades e combater os preconceitos. A outra, busca incentivar a doação de órgãos.

O motivo para celebrar o mês da inclusão está ligado ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro no Brasil. Esta campanha convida a sociedade a se engajar na luta por mais direitos e inclusão social para pessoas com deficiência em áreas como educação, mercado de trabalho e acesso a espaços públicos, respeitando as limitações individuais. O objetivo é combater o preconceito, o capacitismo e garantir que as necessidades e direitos dessas pessoas sejam devidamente reconhecidos e atendidos.
O Ministério do Esporte (MESP) lançou, na semana passada, uma campanha nacional contra o capacitismo, com a publicação de um guia prático para sua desconstrução. A iniciativa faz parte de uma mobilização nacional para combater preconceitos e reforçar a importância do respeito e da acessibilidade em todos os espaços, dentro e fora do esporte.