None
Leucemia: Como o farmacêutico contribui para o sucesso do tratamento
Na farmacovigilância, o profissional atua na avaliação, identificação e monitoramento da ocorrência de eventos adversos.
13 de Fevereiro de 2025, 14h32

Fevereiro Laranja é voltado para a conscientização sobre a leucemia e outras doenças hematológicas. A campanha busca alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, além de incentivar a doação de sangue e medula óssea. A leucemia, sendo um tipo de câncer que afeta o sangue e a medula óssea, requer atenção especial, e a mobilização da sociedade é crucial para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O farmacêutico, como integrante da equipe multidisciplinar, desempenha um papel essencial na segurança, eficiência e qualidade de vida dos pacientes com leucemia em tratamento. Para atuar na área, é necessário um amplo conhecimento em farmacologia, cálculos, farmacovigilância, gerenciamento de estoque, farmacoeconomia e titulação na oncologia.
Suas atribuições incluem desde a manipulação dos medicamentos antineoplásicos, dispensação, acompanhamento da farmacoterapia, consulta em farmácia clínica até a participação em pesquisas clínicas.
Segundo a farmacêutica e RT da Clínica Oncolog, Dra. Juliana Rodrigues Fernandes Bueno, nosso papel vai além da dispensação de medicamentos. Estamos diretamente envolvidos na segurança do paciente, monitorando reações adversas e ajustando terapias conforme necessário.
No manejo dos efeitos adversos da quimioterapia em pacientes com leucemia, o farmacêutico tem um papel crucial. Suas ações incluem o acompanhamento farmacoterapêutico, avaliação de efeitos colaterais e a proposição de intervenções medicamentosas para minimizá-los. O ajuste de doses é uma das atividades realizadas em parceria com a equipe médica, levando em consideração a toxicidade e a resposta ao tratamento.
"O ajuste de doses é um trabalho em equipe. Avaliamos constantemente os parâmetros laboratoriais para garantir que o paciente tenha um tratamento eficaz e seguro", ressalta Dra. Juliana Bueno.
Outra medida importante é a orientação ao paciente sobre sinais de alerta para efeitos adversos graves, recomendando a busca imediata por assistência médica. Durante a consulta farmacêutica, são fornecidas informações detalhadas sobre os medicamentos utilizados no tratamento quimioterápico. Caso o paciente faça uso de medicação domiciliar de forma contínua, é realizada uma avaliação para identificar possíveis interações medicamentosas. O farmacêutico alerta a equipe médica sobre combinações com alto risco de toxicidade entre a quimioterapia e outros fármacos de uso contínuo.
A adesão ao tratamento é outro aspecto essencial. O farmacêutico orienta os pacientes sobre a importância de seguir corretamente o tratamento, armazenar os medicamentos de forma adequada e respeitar os horários de administração, especialmente no caso dos quimioterápicos orais. "A educação do paciente é fundamental. Ele precisa entender que a adesão ao tratamento impacta diretamente no sucesso terapêutico", explica a Dra. Juliana Bueno.
Na farmacovigilância, o profissional atua na avaliação, identificação e monitoramento da ocorrência de eventos adversos. Ele monitora reações adversas durante e após a administração dos medicamentos, registrando e notificando os casos por meio do sistema VigiMed da ANVISA.
Além disso, promove a Educação Continuada dentro da instituição, tanto para a equipe de saúde quanto para os pacientes.
A atuação do farmacêutico, fundamentada na farmacovigilância ativa e nas boas práticas de segurança medicamentosa, é essencial para garantir a qualidade do cuidado oncológico e a segurança do paciente.