CASO RODRIGO CLARO
Ledur afirma que Rodrigo tinha descontrole com a água e mãe da vítima rebate: “O pavor dele era com ela”
As declarações foram feitas durante o julgamento do caro realizado na tarde de quinta-feira (12), no Fórum da Capital.
13 de Março de 2020, 09h31
Em seu depoimento prestado na tarde de quinta-feira (12), na audiência de julga o caso da morte do aluno Rodrigo Claro, a tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur Souza Dechamps, afirmou que ele apresentava descontrole emocional com a água.
O julgamento teve início às 14h, sendo realizado na 11° Vara Criminal da Justiça Militar, no Fórum de Cuiabá.
A declaração da tenente, foi rebatida pela mãe da vítima, dona Jane claro, que afirmou que Rodrigo na verdade tinha pavor era da instrutora.
"O descontrolado emocional não era meu filho, ela mostrou muito bem quem estava descontrolada. Não foi meu filho quem tirou a vida dela, foi ela que tirou a vida do meu filho com suas atitudes. Rodrigo não tinha esse pavor de água que ela fala. Ele tinha pavor dela, do que ela poderia fazer com ele dentro da água", declarou.
Rodrigo morreu durante o 16º Curso de Formação do Corpo de Bombeiro em Mato Grosso.
De acordo com a denúncia, a morte ocorreu no dia 10, durante atividades aquáticas em ambiente natural, realizado na Lagoa Trevisan, tendo a tenente Ledur como instrutora.
Apesar de apresentar excelente condicionamento físico, o aluno demonstrou dificuldades para desenvolver atividades na água.
Embora o problema tenha chamado a atenção de todos, os responsáveis pelo treinamento não só ignoraram a situação como utilizaram métodos reprováveis para aplicar “castigos” no aluno.
A mãe de Rodrigo ainda contestou a declaração feita pela tenente durante o interrogatório, de que não teria visto que o aluno tinha passado mal durante o treinamento.
“As várias testemunhas do processo afirmam que ele saiu da água passando mal porque ela e o coronel [Marcelo] Revelles obrigaram que ele voltasse para a água. Até que ponto ela conhece a vida de alguém para poder decidir até onde ele consegue fazer tal coisa?”, questionou.
Para dona Jane, Ledur quer se passar de vítima da história. “É obvio que a gente não espera que o bandido confesse seu crime. Mas ela veio fazer o papel dela, mentir".
“Eu confio muito na Justiça de deus. Mas preciso também confiar na Justiça do homem. Material, prova, tem. Vai ser feito Justiça? Eu espero que sim”, finalizou.