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Em 2016, MT registrou 230 casos de violência contra a pessoa idosa

Sinop lidera o ranking dos municípios com com 18,1%;

por GazetaMT

13 de Junho de 2017, 09h55

Em 2016, MT registrou 230 casos de violência contra a pessoa idosa
Em 2016, MT registrou 230 casos de violência contra a pessoa idosa

Em 2016, foram registradas em Mato Grosso 230 denúncias de violência contra a pessoa idosa, de acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Muitos desses casos passam pela rede pública de saúde a partir do atendimento da vítima em uma policlínica, Posto de Saúde da Família (PSF), pronto-socorro ou hospital.

No mesmo ano, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde, foram notificados no Estado 99 casos de violência física contra a pessoa idosa. Esse tipo de violência é de notificação compulsória e é feita por meio da Ficha de Notificação, Investigação Individual de Violência Interpessoal, e os dados são inseridos no SINAN. 

Para chamar a atenção para esta grave situação, o dia 15 de junho marca o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. A data foi instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa com o objetivo de criar uma consciência mundial, social e política da existência da violência contra a pessoa idosa, e, simultaneamente, disseminar a ideia de não aceitá-la como normal. 

Para Mato Grosso, segundo estimativa do IBGE (2000-2030), em 2016 o número de idosos residentes no estado era aproximadamente 330.000 (10% da população), e em 2030, a projeção é que o estado contará com uma população idosa de aproximadamente de 600.000 indivíduos (17% da população).

A coordenadoria de Ações Programáticas e Estratégicas da secretaria de Estado de Saúde (COAPRE/SES/MT) alerta que os casos de violência contra o idoso devem ser notificados, sejam suspeitos ou confirmados, de violência doméstica, intrafamiliar (física, psicológica, moral, financeiro ou econômico, negligência, abandono), sexual, autoprovocada, tráfico de pessoas, trabalho escravo, tortura, intervenção legal contra mulheres e homens em todas as idades. No caso da população idosa a violência extrafamiliar, ou seja, a comunitária também é objeto de notificação obrigatória.

"Os profissionais da saúde em geral têm o dever funcional e legal de notificar imediatamente a ocorrência quando se deparar com um paciente idoso nessas condições," salientou Eliane Esperandio, da COAPRE/SES/MT.

Os municípios com maiores registros são: Sinop, com 18,1%; em segundo lugar Juína com 12,1%; e empatados estão Guarantã do Norte e Cuiabá com 10,1% dos casos registrados. Os tipos de violências mais frequentes são: física com 58% e, em segundo lugar, a violência psicológica com 27,7% dos registros. Entre os agressores o desconhecido aparece em primeiro lugar com 21,2%; depois o filho com 13,1% e, em terceiro, aparece o cônjuge com 8,1% dos casos.