CPI DO PALETÓ

Membro quer reuniões secretas e vereadores quase saem no 'soco'

CPI que investiga Emanuel Pinheiro recebendo dinheiro e colocando no paletó poderá ser secreta

por Fernanda Leite

14 de Fevereiro de 2020, 11h50

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Divulgação

Durante a primeira reunião da retomada dos trabalhos da CPI do Paletó, na manhã desta sexta-feira (14), os vereadores Abilio Júnior (PSC) e Toninho de Souza (PSD)  por pouco não saíram no soco. Isso porque, o membro da Comissão, vereador sargento Joelson (PSC), apresentou um requerimento para que as reuniões sejam secretas. 

Abílio chegou a dizer que Toninho era pau mandado do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). "O que você está ganhando para fazer esse trabalho horrível seu? Pau mandado", gritou Abílio.

Toninho, que é relator da CPI rebateu dizendo, "põe uma melancia na cabeça seu otário retardado".  

Precisou dos seguranças da Casa para conter os dois parlamentares que estavam os ânimos exaltados. 

Os membros da CPI também aprovaram as primeiras oitivas  e  serão ouvidos o ex-governador Silval Barbosa, no  02 de março,  o  ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Correa, no 19 de fevereiro, Valdecir Cardoso, 9 de março e o ex-secretário de Estado Alan Zanata, no 16 de março. 

Todos eles já foram ouvidos, porém,  como os trabalhos foram paralisados pela justiça,  a Procuradoria da Casa orientou os membros da CPI que seria necessário ouvi-los novamente.

A CPI é presidida pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB). 

A CPI 

A Comissão investiga  o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB),  que é citado na delação premiada de Silval Barbosa. Pinheiro quando era deputado estadual foi flagrado recebendo um maço de dinheiro do chefe de gabinete de Silval e colocando no paletó.  O repasse, conforme Silval, seria uma propina em troca de apoio político. O prefeito nega e alega que o recurso seria referente ao pagamento de uma dívida que o ex-chefe do Estado teria com o seu irmão Marco Polo de Freitas Pinheiro, o Popó.