Circula nas redes sociais uma foto que, supostamente, seria do estoque de papel higiênico e papel toalha adquirido pela Prefeitura de Rondonópolis. A compra, cuja soma no contrato firmado chegaria a R$ 715 mil sem licitação, foi anunciada no final de março. Ontem (14), o vereador Rodrigo Lugli, do PSDB, mostrou a mesma imagem durante uma transmissão ao vivo (live) na internet. Junto a outros vereadores da sigla, o tucano registrou um Boletim de Ocorrência. 

Na imagem, caixas e pacotes estão amontoados no que seria o barracão da empresa que assumiu a venda e entrega ao Poder Público. A pilha bagunçada de itens é volumosa. O material no interior do barracão é muito parecido com o que estava no almoxarifado da prefeitura no final do mês de abril durante uma fiscalização dos vereadores, no dia 23 daquele mês.

A empresa R Merlin Rocha da Silva (nome registrado de uma papelaria conhecida na cidade), localizada na Avenida Bandeirantes, ganhou a disputa para fornecer todo o material. Nesta semana, na Câmara de Vereadores, o prefeito José Carlos do Pátio, negou que o município tenha feito tal compra. Afirmou, sim, que fez sim um procedimento licitatório de 204 mil rolos de papel higiênico, porém não adquiriu todo o material. “Não vou negar, mas nós adquirimos somente 13 mil rolos, não dá 6%. E tem mais, o preço que nós compramos por dispensa, a grande maioria das cidades do Mato Grosso, o preço é maior do que o nosso. E mesmo assim eu vou romper o contrato, vou licitar e tenho medo de achar um preço até mais caro”, disse.

Sobre a fotografia, à coluna a Prefeitura rebateu: “A Prefeitura de Rondonópolis informa que a fotografia em questão não é de nenhum almoxarifado do município. O Município desconhece a veracidade da fotografia e reitera que esse local não pertence a Prefeitura”. Em nota, a assessoria de comunicação do Poder Executivo informa que “o contrato foi feito por precaução, com previsão de compra, em um momento de expectativa da iminência do pico da pandemia. Como esse pico não ocorreu, não foi preciso utilizar os materiais de limpeza contratados. Assim, eles não foram adquiridos e nem pagos. Já em relação aos papéis higiênicos e papéis toalhas, foram adquiridos 6.58% do total de papéis higiênicos contratados e 8,6% de papéis toalhas do total contratado”.

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