USO EMERGENCIAL

Pessoas com comorbidades e idosos não podem tomar a Sputnik-V

Grávidas, puérperas e lactantes também não podem receber o imunizante; vacina russa

por Da redação

16 de Junho de 2021, 15h26

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Divulgação

A vacina russa Sputnik-V não pode ser aplicada em idosos, pessoas com comorbidades, gestantes, puérperas e lactantes, de acordo com lista de requisitos para importação da vacina.  Adultos, de 18 a 59 anos, estão liberados para tomar a vacina. A eficácia da Sputnik-V é de 91,6% segundo estudo publicado no periódico científico “The Lancet”. O uso da vacina também exige a aplicação de duas doses.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, em caráter excepcional, o uso do imunizante em estados brasileiros do Nordeste. A importação foi autorizada por força da Lei 14.124/2021.

Anteriormente, a Anvisa havia negado a importação e o uso emergencial do imunizante no Brasil por não atender os parâmetros mínimos exigidos pela Agência, como insuficiência de dados e documentos que comprovem o êxito da vacina.  Após persistência do consórcio do Nordeste em adquirir os imunizantes, a Anvisa liberou o uso emergencial com uma série de restrições.

Mato Grosso do Sul (MS), Goiás (GO), Distrito Federal (DF), Maranhão (MA), Mato Grosso (MT), Rondônia (RO) e Tocantins (TO) aguardam que a aprovação também seja liberada para o Consórcio Brasil Central.

Mato Grosso do Sul, através de Consórcio Brasil Central, pode adquirir dois milhões de doses da vacina russa e incluir o imunizante na campanha de vacinação do Estado junto as vacinas Coronavac-Sinovac-Butantan, AstraZeneca-Oxford-Fiocruz e Pfizer-BioNTech.

De acordo com o governo do Estado de Mato Grosso do Sul, algumas das principais condições para uso da Sputnik-V são: Importação somente de vacinas das fábricas inspecionadas pela Anvisa na Rússia (Generium e Pharmstandard UfaVita);

Obrigação de análise lote a lote que comprove ausência de vírus replicantes e outras características de qualidade;

População deve avisar em até 24 horas caso ocorra reações graves à vacina;

População deve avisar em até cinco dias caso ocorra reações leves e queixas à vacina;

Todos os lotes a serem destinados ao Brasil devem vir acompanhados dos laudos de esterilidade microbiológica e

Todos os lotes da vacina a ser fornecida devem atender às condições aprovadas pela autoridade sanitária internacional.

O governador do estado de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), visitou a fábrica de vacinas da União Química, laboratório brasileiro que produz a Sputnik V, em 13 de abril, em uma visita à Brasília com o secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende.

Azambuja confirmou o interesse em adquirir o imunizante. Resende conta em suas redes sociais que ficou impressionado com a velocidade que a empresa fabrica a Sputinik-V.

“Acredito que nós vamos ter condições de mais uma vacina para gente imunizar não só a população brasileira, mas também a população do Mato Grosso do Sul”, celebra o secretário estadual de Saúde.