“FALTA DE CONSIDERAÇÃO E RESPEITO”

Conselho de Medicina de MT repudia declaração de médica picada por cobra

Médica teria dito que se dependesse dos hospitais de Cuiabá teria tido “óbito óbvio”

por Karollen Nadeska, de Cuiabá

16 de Setembro de 2020, 15h11

Reprodução
Reprodução

O Conselho Regional de Medicina de Mato Groso (CRMMT), em uma nota publicada nesta quarta-feira (16), repudiou as declarações recém publicadas pela médica Dieynne Saugo, que foi picada por uma cobra Jararaca.

A nota diz que Dieynne em resposta a uma seguidora em seu Instagram, afirmou que “obviamente morreria porque nenhum hospital de Cuiabá têm os mesmos recursos que os hospitais de São Paulo”.

A nota rechaça que se não fossem pelos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em um resgate de emergência, e dos Hospital Municipal e Pronto Socorro de Cuiabá (HMPC), onde Dieynne recebeu o soro antiofídico, e ainda todos que a atenderam no Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, onde foi realizada a cirurgia da traqueostomia, a médica nem teria tido condições para ser transferida para o Hospital particular Albert Einstein em São Paulo.

"Ainda que a paciente e seus familiares tenham optado pela transferência fora do Estado de Mato Grosso, a afirmação de que sua permanência em Cuiabá resultaria em 'óbito óbvio' demonstra falta de consideração e respeito por todos os profissionais da Saúde”, diz trecho da nota.

Picadas

A médica Dieynne Saugo foi picada por uma cobra Jararaca em Nobres (a 120 km de Cuiabá), no dia 30 de agosto.

Ela havia levado o namorado e um casal de amigos para conhecer  uma cachoeira do Parque Ambiental Serra Azul e foi avisada no caminho sobre uma cobra.

Porém, quando ela entrou na água a cobra traiçoeiramente a atacou em dois lugares no corpo. Foram três picadas.

Devido ao ataque, a médica foi submetida a três cirurgias e ficou internada por nove dias na UTI.

Leia a nota na íntegra: