De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), o uso de proteção solar é mais frequente entre as mulheres, enquanto homens de cidades como Salvador e Cuiabá apresentam os menores percentuais de adesão a essas medidas.

Em Cuiabá, a incidência de radiação ultravioleta frequentemente ultrapassa o índice 11, considerado extremo pela Organização Mundial da Saúde, agravando riscos para a comunidade. Por isso, médicos buscam conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele.

O câncer de pele é dividido em dois principais tipos: o não melanoma, que é mais frequente e apresenta altas taxas de cura, e o melanoma, que é mais agressivo e pode se espalhar rapidamente pelo organismo. Juntos, eles somam quase 31,3% dos diagnósticos em todo o país. 

Para o oncologista André Crepaldi, a negligência é preocupante. “O câncer de pele é o mais comum no Brasil e pode ser prevenido com atitudes simples. Muitos ainda consideram o uso de protetor solar algo desnecessário, o que os coloca em maior risco, especialmente em regiões como Mato Grosso, onde a radiação solar é intensa durante todo o ano”, pontua o especialista.

Além do uso do protetor solar, o oncologista destaca a importância de outras medidas preventivas, como evitar a exposição solar nos horários de maior intensidade, entre 10h e 16h, e usar chapéus e roupas que protejam a pele.

Para além dessas medidas, Crepaldi reforça a importância de estar atento aos primeiros sinais do câncer como o surgimento de pintas assimétricas, de bordas irregulares, que mudam de cor ou aumentam de tamanho, além de feridas que não cicatrizam ou verrugas com aparência alterada.

“Muitas vezes, lesões aparentemente simples são ignoradas, retardando o diagnóstico. Consultar um especialista ao notar qualquer alteração é o primeiro passo para evitar complicações graves”, alerta.