OPINIÃO
Procedimentos estéticos: ciência, autoestima e saúde da pele em equilíbrio
18 de Julho de 2025, 15h18

A estética evoluiu significativamente nas últimas décadas, deixando para trás estigmas e estereótipos. Hoje, os procedimentos estéticos são parte importante de uma abordagem que alia saúde, ciência e bem-estar, com base na fisiologia cutânea, na prevenção do envelhecimento e na preservação da identidade individual.
Com o passar dos anos, a pele sofre alterações importantes: há diminuição progressiva na síntese de colágeno e elastina, perda de ácido hialurônico, alterações vasculares e inflamatórias crônicas de baixo grau, além de reabsorção óssea e redistribuição da gordura facial. Esses fatores comprometem o viço, a firmeza e a harmonia facial, afetando também a autoestima e o senso de identidade.
A aplicação criteriosa de recursos como toxina botulínica, bioestimuladores de colágeno, preenchimentos dérmicos e tecnologias como lasers e ultrassom microfocado atua diretamente na modulação dessas alterações. Esses procedimentos não apenas restauram proporções, como também estimulam a regeneração da matriz extracelular e melhoram a função cutânea. Quando bem indicados, contribuem para a prevenção do envelhecimento precoce e para a manutenção da integridade da pele.
Estudos mostram que intervenções estéticas realizadas com responsabilidade clínica e técnica elevam significativamente a percepção de bem-estar dos pacientes, reduzindo sintomas de insegurança e promovendo autoconfiança. No entanto, é imprescindível que essas práticas estejam embasadas em avaliação minuciosa, conhecimento anatômico aprofundado e personalização do plano terapêutico.
Mais do que transformar rostos, os tratamentos estéticos buscam respeitar a individualidade de cada paciente, promovendo resultados sutis, naturais e seguros. Cuidar da aparência é, também, uma forma legítima de autocuidado — desde que conduzida com ética, ciência e sensibilidade.
Por Paola Sehn Konzen - Biomédica e Cirurgiã-Dentista, especialista em Estética Avançada