Avanço científico

Japoneses descobrem células da juventude que levam idosos aos 110 anos

Os especialistas estudaram as células sanguíneas de dois supercentenários

por Da redação com Só Notícia Boa

19 de Novembro de 2019, 09h57

Japoneses descobrem células da juventude que levam idosos aos 110 anos
Japoneses descobrem células da juventude que levam idosos aos 110 anos

Foto: Reprodução

Cientistas japoneses descobriram as células responsáveis pelo envelhecimento e com isso, detectaram as células que podem garantir juventude à humanidade.

Pesquisadores do RIKEN Center for Integrative Medical Science (IMS) e da Keio University School of Medicine, no Japão, analisaram o DNA dos chamados supercentenários - pessoas com mais de 110 anos - e descobriram porque algumas pessoas são mais ou menos suscetíveis a doenças e o motivo de viverem mais.

"As células CD4-positivas geralmente trabalham gerando citocinas, enquanto as células CD8-positivas são citotóxicas, e pode ser que a combinação desses dois recursos permita que esses indivíduos sejam especialmente saudáveis", afirmou em comunicado o cientista Piero Carninci.

O estudo

Eles analisaram aproximadamente 41 mil células imunes de sete supercentenários japoneses e também avaliaram 20 mil células de cinco pessoas que tinham idade entre 50 e 80 anos.

Os resultados revelam que, embora o número de células B - um tipo de linfócito que constitui o sistema imunológico - fosse menor nos supercentenários, o número de células T, também do sistema imunológico,  era aproximadamente o mesmo.

Porém, os supercentenários apresentaram um número maior de células T do subconjunto CD4.

Normalmente, as células T com marcadores conhecidos como CD8 são citotóxicas, ou seja, têm a capacidade de destruir outras células...  e as CD4 não.

As células CD4-positivas dos supercentenários se tornaram citotóxicas e adquiriram a capacidade de destruir outras células.

Nos jovens

As pesquisadores ainda examinaram o sangue de pessoas jovens e identificaram que havia relativamente poucas células citotóxicas CD4-positivas, sugerindo que esse não é um indício de juventude, mas sim uma característica especial dos supercentenários.

Para examinar como essas células especiais foram produzidas, os especialistas estudaram as células sanguíneas de dois supercentenários e descobriram que houve um processo de expansão clonal, o que significa que muitas células eram descendentes de uma única célula ancestral.