EM DEFESA DOS PRODUTORES RURAIS

Cattani emplaca duas moções de repúdio contra ações do Governo Federal

Medida pode afetar cadeia produtiva de diversos produtores

por da Redação

19 de Novembro de 2025, 16h02

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Divulgação

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) conseguiu aprovar, na sessão desta quarta-feira (19), duas moções de repúdio direcionadas a medidas recentes do Governo Federal que afetam diretamente produtores rurais, trabalhadores e a economia de Mato Grosso.

A primeira moção aprovada critica a Resolução Conabio nº 09/2025, publicada no Diário Oficial da União, que incluiu a tilápia na Lista Nacional Oficial de Espécies Exóticas Invasoras. Para Cattani, a decisão da Comissão Nacional de Biodiversidade, ligada ao Ministério do Meio Ambiente, cria insegurança jurídica, ameaça a cadeia produtiva da aquicultura e coloca em risco milhares de famílias que dependem da atividade. Ele também destacou que a tilápia responde por mais de 60% da produção brasileira de peixes cultivados e é essencial para a segurança alimentar e geração de renda.

"É mais um tapa na cara da agricultura e mais um ataque direto ao setor. Em contrapartida está chegando esta semana no Brasil contêiner de tilápias importadas do Oriente pela JBS", disse o deputado.

Já segunda moção, também aprovada, manifesta repúdio ao Decreto nº 12.723/2025, que homologou a demarcação administrativa da Terra Indígena Manoki, em Brasnorte, abrangendo mais de 250 mil hectares. O parlamentar argumentou que a medida foi tomada sem diálogo com todos os setores envolvidos, gerando instabilidade fundiária e insegurança para famílias que produzem na região há décadas. Ainda conforme o deputado, o decreto acirra conflitos no campo e compromete o desenvolvimento econômico local.

“Isso abrange quase a metade da produtividade daquela cidade no que tange a produção agrícola. São pessoas que tem títulos de propriedade, que produzem para o estado e estão tendo seu direito eliminado”, afirmou.

O deputado ainda destacou que ambas as medidas federais representam “graves riscos à produção, ao emprego e à estabilidade jurídica em Mato Grosso”, e afirmou que continuará atuando para defender os interesses dos produtores e trabalhadores afetados por decisões unilaterais do Governo Federal.