ENFURECIDO

Joesley Batista é o mesmo “bandido notório” que Temer recebeu em casa

por GazetaMT

19 de Junho de 2017, 09h57

Joesley Batista é o mesmo “bandido notório” que Temer recebeu em casa
Joesley Batista é o mesmo “bandido notório” que Temer recebeu em casa

O presidente da República, Michel Temer -PMDB, começou a semana com o anúncio aos quatro cantos de que processará o empresário Josley Batista, por declarações dadas recentemente à revista Época. O sócio proprietário do grupo J&F foi chamado pelo peemedebista de "bandido notório".

Em Brasília, as páginas da revista, ecoaram com voz enfurecida. Da base à oposição, a expectativa era de que forma -se é que o faria- reagiria Temer. Joesley disse que Temer é "o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil".

E o presidente rebateu. "Bandido notório de maior sucesso na história brasileira", foi o termo utilizado enquanto confirmara a intenta de processo contra o empresário.

Na edição de hoje do jornal Hora 1, da Rede Globo, o apresentador Chico Pinheiro levantou uma questão interessante sobre mais este caso. Não faz muito tempo, lembrou o âncora, este mesmo "bandido notório" fora recebido às 23h, na calada da noite, pelo próprio presidente Temer. Chega a ser, como sugeriu Pinheiro, estranho.  O encontro ocorreu de forma "informal" no Palácio do Jaburu,

Outro episódio é o do avião de Joesley, emprestado a Temer e à família em 2011. De acordo com a nota enviada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Temer não sabia a quem o avião pertencia.

Joesley Batista se tornou o delator mais importante da Operação Lava Jato. Comandado pelo setor de ações programadas da Polícia Federal, entregou gravações em áudio com Temer do suposto pedido de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (registrado no mesmo ocasião do encontro noturno no Jaburu). Em troca, saiu quase impune dos esquemas que assumidamente cultivou e financiou por anos.

Em alguns lugares do mundo os criminosos sofrem a implacável Justiça. Em outros, primeiro empresta avião particular e é recebido na calada da noite pelo presidente, depois fecha acordo com a polícia e se manda para o estrangeiro.