Empreendedor

Engenheiro de Mato Grosso inova com protótipo de concreto flutuante

Projeto desenvolvido em Mato Grosso pode ser utilizado em atracadouros, passarelas e até em portos fluviais e marítimos

por GazetaMT

02 de Abril de 2014, 19h17

Engenheiro de Mato Grosso inova com protótipo de concreto flutuante
Engenheiro de Mato Grosso inova com protótipo de concreto flutuante

Protótipo desenvolvido em Mato Grosso está em fase final de ensaios e tem vários usosMovido pela necessidade de implantar um pier em um novo empreendimento que está em construção em Mato Grosso, o engenheiro civil Virmondes Ferreira da Silva Júnior desenvolveu um protótipo de uma estrutura em concreto armado pré-moldado flutuante com o objetivo de utilizá-lo em atracadouros, ancoradouros, passarelas, bem como estruturas de quebra ondas, podendo inclusive ser aplicado em portos fluviais e marítimos.

Em visita ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) acompanhado do seu sócio Adierson Freitas, o engenheiro contou que essa estrutura já é largamente utilizada em Portugal, Espanha, enfim em outras partes do mundo, mas que são feitas em materiais diferentes do seu e que todos partem do princípio de Archimedes de que qualquer corpo colocado em fluído cuja densidade seja maior que a do corpo, este irá flutuar, cujo conhecimento é de domínio público. "Meu desafio foi construir um corpo sólido geométrico, com densidade inferior à da água, tomando cuidados quanto a permeabilidade e a oxidação das armaduras."

Segundo Virmondes trata-se de um envólucro de concreto preenchido com material leve, com aditivos de fibras de polietileno, fibras de aço, podendo, conforme a necessidade da carga de utilização, sere acrescentado agregados leves. Maiores detalhes foram ocultados, uma vez que o projeto encontra-se em fase de ensaios, muito embora o inventor já tenha dado início ao processo de patenteamento do produto que em breve estará sendo utilizado nas principais regiões turísticas brasileiras e mato-grossenses, visto que o custo de implantação promete ser pelo menos 30% inferior ao da estrutura de madeira e o tempo de durabilidade sem manutenção poderá alcançar de 20 a 30 anos, de acordo com o inventor da estrutura.

Para Virmondes, os resultados que os ensaios vem apresentando até o momento são todos satisfatórios, embora seja necessária a realização de outros ensaios ainda, para se dar a garantia do produto. No entanto ele acredita que em breve o que hoje é apenas um protótipo logo estará pronto para ser explorado comercialmente, o que motiva ainda mais a dedicação do engenheiro.

Nas dimensões reais as peças terão área de 2,50m x 5,00m e altura máxima de 1,25m. Sua forma geométrica composta será um prisma medindo 0,50x2.50x5,00m e tronco de pirâmide invertida, a qual ficará submersa, de base quadrada.