CHURRASCO GOURMET
Festival Braseiro recebe grande público e valoriza a carne mato-grossense
E parte da renda do evento vai para uma instituição filantrópica de Rondonópolis
20 de Novembro de 2016, 13h00

“A Disneylândia da carne”. Assim definiu o organizador geral do Festival Braseiro, Marco Túlio se referindo ao evento, que foi realizado neste fim de semana, em Rondonópolis. No sistema open food e bar, mais de 1.400 apreciadores da carne passaram nas 12 horas de festival, segundo a organização.
O modelo do festival foi inspirado em outros dois eventos do segmento realizados no sudeste, a “Churrascada” e “Bárbaros BBQ”, com um diferencial do intuito filantrópico do evento mato-grossense, onde 70% da renda será revertida para Comunidade Terapêutica Divina Providência e será empregada na construção de uma padaria. “Eu considero hoje que este evento já deu certo, já recebemos muitos elogios, as pessoas estão muito felizes e se divertindo, com as equipes de trabalhos todas animadas. Desta forma consideramos de forma positiva, a escolha pelo modelo de festival, da estrutura do projeto e o pessoal já está perguntando quando será a próxima edição”, comentou Marco Tulio.
VALORIZAÇÃO DA CARNE
Além do cunho social, o Festival Braseiro é também o objetivo de trazer mais valorização da carne brasileira e para seus criadores. “A carne advém da nossa pecuária, que é a mola propulsora também do agronegócio que sustenta a grande maioria das cidades do Mato Grosso algumas no Brasil. Então porque não você não valorizar e não deixar o consumo per capita da carne diminuir e são eventos como este que faz com que as pessoas estejam estimuladas a experimentar cortes diferentes e técnicas diferentes de carne”, explicou o organizador geral do Braseiro.
Já nos 25 estandes, o negócio para os apreciadores era saborear cada corte especial e técnica de churrasco oferecida e em cada estação um convite aos sentidos, como no Dry-aged, Brisket, Bife Ancho, Tomahawk, T-Bone Kobe, Flinston, Chuck Beef, Picanha, Costela suína Barbecue, Cordeiro na estaca, Leitão na estaca. “Fica difícil de escolher o melhor, a gente percebe que em todos os estandes o cuidado com o preparo e a alegria em servir das equipes está presente, só isso aliado com a qualidade da carne já vale a pena para aqueles que apreciam um bom churrasco”, destacou o apreciador Humberto Claro.
Mas duas estações chamaram a atenção do público, um pelo novidade da raça e outro pelo modo de preparo da carne. No estande de churrasco preparado, com cortes especiais do gado japonês Wagyu, a curiosidade era em saber porque ela se destaca na gastronomia internacional, o próprio criador da raça e único no estado de Mato Grosso explica. “É uma carne diferenciada, o wagyu é um animal mais tardio e que demora mais para dar o acabamento e deve ser trabalho no cocho de um ano a 400 dias, para ele imprimir o marmoreio, pois é a única genética no mundo que dá este marmoreio, essa suculência, maciez e que a gordura é uma gordura boa e poli saturada. Estou feliz com a raça e vamos assim, devagar e divulgando a raça em Mato Grosso”, disse Jorge Basílio, pecuarista de Juína.
Já no estande só de mulheres e capitaneado por Cristiane Rabaioli, o destaque era o preparo do corte especial, o Dry Age, processo de maturação a seco, no qual a carne in natura descansa em temperatura (de 2 a 3 ºC), umidade (de 75% a 85%) e ventilação controladas e vai perdendo líquido, por 60 dias. “Neste processo, a carne quebra todas as fibras, com isso ela traz um sabor amendoado e com uma maciez espetacular. E estamos trazendo o Dry Age para que todos no Braseiro possam se deliciar e comer esta carne”.
A intenção da organização do festival Braseiro é que ele se torne itinerante e percorra outras cidades de Mato Grosso, como Cuiabá e Primavera do Leste.