OPINIÃO

A importância do Educador Sanitário e um debate sobre ações sanitárias emergentes no Brasil

por Francisco Carlos Oliver

20 de Junho de 2024, 07h52

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Divulgação


No dia 11 de junho foi comemorado o Dia do Educador Sanitário, e em um cenário composto por dados alarmantes a cerca do saneamento básico no Brasil, essa profissão se torna cada dia mais necessária.

Este profissional é de extrema importância para a orientação da população em relação aos cuidados higiênicos e sanitários, visando prevenir problemas de saúde e evitar situações de calamidade pública.

Além disso, os Educadores Sanitários possuem um conhecimento profundo sobre a realidade da saúde pública no país, o que os torna peças chave para a implementação de políticas eficazes de saneamento básico.

Os dados alarmantes sobre o saneamento básico no Brasil, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Censo Demográfico Brasileiro 2022, revelam uma realidade preocupante: aproximadamente 49 milhões de brasileiros não têm acesso adequado ao esgotamento sanitário e 4,8 milhões de pessoas vivem sem água encanada.

Estes números demonstram que, apesar do progresso em algumas áreas, o Brasil ainda enfrenta um déficit significativo em termos de infraestrutura de saneamento.

A situação atual exige um debate profundo e urgente sobre as ações necessárias para mudar este cenário. Precisamos de soluções concretas e eficazes para garantir que todos os brasileiros tenham acesso a serviços básicos de saneamento.


Nesse sentido, o papel do Educador Sanitário se torna indispensável. Através de sua dedicação e conhecimento, o profissional é capaz de transformar a realidade atual, tanto no trabalho junto ao Estado para que este se comprometa com as melhorias no saneamento básico, mas também no de informar e conscientizar a população.

Por exemplo, em comunidades carentes, o Educador Sanitário pode trabalhar diretamente com as famílias, ensinando sobre a importância do tratamento da água, o descarte correto dos resíduos e práticas de higiene pessoal. Nas escolas, eles podem implementar programas educativos que ensinam desde cedo as crianças sobre a importância da higiene e do saneamento, criando uma base sólida para um futuro mais saudável.

A falta de saneamento básico adequado é uma questão de saúde pública. Doenças como diarreia, cólera e leptospirose são frequentemente associadas à falta de saneamento e afetam desproporcionalmente as populações mais vulneráveis.

 

O cenário atual exige ações coordenadas entre o Governo, a iniciativa privada e a sociedade civil para superar os desafios do saneamento no Brasil. Investir em saneamento é investir na saúde e no bem estar da população, além de gerar impactos positivos na economia com a redução dos custos com tratamentos de saúde.

 

Portanto, políticas públicas eficazes, investimentos em infraestrutura e programas de educação sanitária são fundamentais para promover mudanças efetivas e duradouras para nosso país.

 

*Francisco Carlos Oliver é engenheiro, e diretor técnico e comercial da Fluid Feeder, empresa fornecedora de equipamentos para tratamento de água e efluentes, com soluções de alta tecnologia para medição, transferência e dosagem de produtos químicos sólidos, líquidos e gasosos. www.fluidfeeder.com.br