INDICAÇÃO

Delegado Claudinei solicita distribuição de EPIs para catadores de lixo

Os profissionais que atuam na limpeza das cidades estão em situação de risco por atuar em áreas insalubres e expostos à pandemia do Covid-19

por Redação com assessoria

21 de Maio de 2020, 15h33

Foto: assessoria
Foto: assessoria

Em sessão plenária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na última quarta-feira (20), o deputado estadual Delegado Claudinei (PSL) realizou a indicação de n.º 1.899/2020 para a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) sob a necessidade de viabilizar a distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos catadores de lixo e garis que prestam serviço no estado do Mato Grosso.

Temos que reconhecer o trabalho destes profissionais que são responsáveis em manter as cidades em bom estado com a limpeza das ruas, praças, parques, dentre outras vias públicas, posiciona Claudinei.

“Os profissionais ficam constantemente expostos por ser uma atividade insalubre. Eles trabalham em contato direto com materiais contaminantes, além de restos de garrafas, cacos de vidro em geral, lascas de madeira e diversos outros tipos de resíduos que podem prejudicar a sua saúde ou integridade física. Sem contar que a situação se agravou diante desta pandemia de Covid-19”, acrescenta o parlamentar.

Realidade

De acordo com Abner Marinho da Silva Junior, que atua na área financeira da empresa Central de Reciclagem, conta que diariamente mantém contato com os catadores de lixo.

“O que a gente vê hoje, o grande percentual do material que recebemos são devido a parceria com órgãos públicos para recolhimento de resíduos e, também, nós compramos muitos plásticos, ferros e alumínios destes catadores, o dia todo”, comenta.

Em relação à solicitação do deputado Claudinei mostrar preocupação com essa categoria, Junior conta que tem momentos que não acredita que existem pessoas como ele – que se preocupam com estes profissionais.

“Muito interessante essa iniciativa, porque às vezes, eu chego a passar luvas da empresa para os catadores. A luva que é uma coisa tão simples e faz muita diferença. Muitas vezes, os catadores não têm. Assim, eles podem cortar ou machucar a mão”, explica.

Ele conta que a média de valores que os catadores ganham é de R$ 25 a R$ 40 reais. Já aqueles que trabalham com moto, conseguem ganhar uns R$ 100 reais por dia. “Sem a moto não conseguem ir tão longe. O valor é muito pequeno para eles mesmo comprarem máscaras e álcool em gel”, salienta Junior.

Pandemia

Os catadores trabalham para conseguir o seu sustento e não quer dizer que eles não têm medo de adquirir uma doença por deparar com a situação insalubre, explica Junior. Ele acrescenta que a pandemia veio intensificar a preocupação destes profissionais, pois muitos não estão protegidos.

“Eles sabem que a pandemia não é brincadeira. Seria uma ideia fantástica distribuir estes EPIs para eles. Além de resguardá-los, nós também estaremos – já que mantemos contato com eles”, posiciona.

Na proposição, o Delegado Claudinei solicitou a distribuição de luvas e máscaras de proteção, álcool em gel, botinas de segurança, protetor auriculares – principalmente para aqueles que atuam em ruas muito movimentas e com poluição sonora – uniformes para facilitar a identificação do trabalhador.