CÂMARA

Sem estigma de "ex-BBB”, Marcos Harter se lança a deputado federal

Pelo PSC, médico cirurgião segue em campanha apostando na visibilidade da internet

por Robson Morais

21 de Setembro de 2018, 14h39

Sem estigma de "ex-BBB”, Marcos Harter se lança a deputado federal
Sem estigma de "ex-BBB”, Marcos Harter se lança a deputado federal

Foto: Sirlei Alves / GazetaMT

Pelo Partido Social Cristão -PSC, o médico cirurgião Marcos Harter se lança a uma vaga como deputado federal em 2018. Iniciante na política, ainda "verde", como diz, conta que foi buscar alternativas para seguir no ramo e teve no partido a porta aberta pelo presidente estadual da sigla, Xuxu Dal Molin.

Harter ficou nacionalmente conhecido pelas participações nos programas, ambos em 2018, Big Brother Brasil, da Rede Globo e A Fazenda, da concorrente Record TV. O agora candidato garante, porém, que não pretender carregar o estima de "ex-bbb". "Claro que se tivesse que começar do zero, totalmente desconhecido pelas pessoas, eu certamente não viria para a disputa. Essa coisa de ex-bbb, claro, atrapalha, mas não me importo. Participei dos programas, aceitei os projetos e hoje estou aqui como candidato e com proposta. Minha participação ficou no passado", diz.

Como ele, outros nomes se lançaram, após participações em edições anteriores, em outras áreas, como o atual deputado Jean Willys e a atriz Grazi Massafera, por exemplo. O caminho de Harter para emplacar, entretanto, novamente por influência dos realities, pode ser mais complicado. Isso porque teve atuações polêmicas nas duas participações. No BBB, acabou expulso acusado de agressão contra a participante Emilly Araújo, que venceu aquela edição.

Sobre o impacto deste histórico na caminhada política, Harter analisa. "Haters (pessoas que ofendem nas redes sociais) sempre vão existir, simples assim. Não importa o que se faça alguém vai falar mal de você. Sei que não fui totalmente certo nas minhas condutas, tenho uma personalidade forte e estava sob pressão. É complicado participar de um programas destes, o da Globo principalmente porque nos faz até passar fome. Meu público polarizou, tem que me ame e quem odeie, quem gosta cresceu e é isso: não vou fazer campanha para tentar convercer quem não gosta -eles já tem seu voto-, mas, sim, mostrar minha propostas para aqueles que acreditam que eu posso ser um bom representante".

O candidato diz que ingressou na política movido pelo sentimento de indignação. Diz sentir-se capaz de gerir e renovar o quadro. Um dos primeiros embates, logo no início se deu com o próprio partido. "Tem coisas no PSC com as quais eu não concordo. Mas é importante dizer que eu escolhi a politica, não sou uma mula puxadora de votos para o partido. Um dos problemas se deu na distribuição financeira. O PSC possui seus candidatos a deputado federal e essa distribuição foi anômala. Recebi R$ 50 mil para fazer minha campanha enquanto uma pastora, também iniciante na política, recebeu R$ 500 mil. Me senti abandonado. Nesse ponto, a gente sempre levanta nossas teorias, mas não dá pra saber. Talvez lá na frente algumas coisas façam mais sentido", diz.

Propostas

Entre as propostas do candidato Harter a viabilização de um hospital, especializado no atendimento ao câncer, em Sinop. "Tenho me reunido, sou da área da Saúde, desta especialização. Com algo em torno de R$ 30 milhões a gente consegue. Dá para fazer". O candidato defende também o compromisso da bancada mato-grossense com a destinação dos recursos federais e a criação da Leis de Responsabilidade Educacional nos moldes da Fiscal. "Um compromisso de cada parlamentar com o investimento na educação", explica. Por fim, o candidato cita projetos para viabilizar rotas alternativas de escoamento de safra, como hidrovias e ferrovias, além da duplicação das principais rodovias que cortam Mato Grosso.