PASSADO DE CRIMES

TJ relembra passado de crimes e nega novo pedido de HC de Arcanjo

Ele foi preso no dia 29 de maio durante a operação Mantus deflagrada pela Polícia Civil, em Mato Grosso.

por Cuiabá, MT - Daffiny Delgado

22 de Agosto de 2019, 08h00

TJ relembra passado de crimes e nega novo pedido de HC de Arcanjo
TJ relembra passado de crimes e nega novo pedido de HC de Arcanjo

A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou na tarde de quarta-feira (21), mais um pedido de liberdade de João Arcanjo Ribeiro, acusado de liderar o jogo do bicho em Mato Grosso.

O ex-comendador foi preso no dia 29 de maio durante a operação Mantus, deflagrada pela Gerencia de Combate ao Crime Organizado (GCCO) juntamente com a Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz).

Na ocasião, o genro de Arcanjo Giovani Zen Rodrigues e outras 32 pessoas também foram presas, por envolvimento com a jogatina.  

Em sua argumentação, a defesa de Arcanjo alegou que ele estaria preso pelas mesmas situações e fatos que o seu genro, que já foi agraciado com a liberdade.

Entretanto, o desembargador Rui Ramos Ribeiro, relator do caso, argumentou Arcanjo e o genro não se encontram na mesma condição fática processual.

O desembargador explicou que Arcanjo tem antecedentes criminais graves e se encontrava, até sua prisão, no regime semiaberto. Já Giovani, possuía apenas uma situação em 2010 na qual ele foi condenado por um “crime de menor potencial ofensivo”.

Dessa forma, os demais desembargadores acompanharam o voto do relator e negaram, pela segunda vez, o pedido de liberdade ao ex-comendador.

Mantus

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar as duas organizações que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões com a jogatina.

De acordo com as investigações, um dos grupos a Colibri seria liderada por Arcanjo e seu genro. A outra, denominada FMC ELLO tinha como líder o empresário Frederico Muller Coutinho.

A operação cumpriu 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

As ordens judiciais foram cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e em mais 5 cidades do interior do Estado.