POSSE RESPONSÁVEL

Rondonópolis está elaborando lei para regular o controle de zoonoses

O objetivo de criar uma lei de controle de zoonoses, segundo o coordenador CCZ é uma forma de chamar a população para a responsabilidade

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23 de Janeiro de 2012, 17h02

Rondonópolis está elaborando lei para regular o controle de zoonoses
Rondonópolis está elaborando lei para regular o controle de zoonoses

Com criação de lei, proprietários serão responsabilizados por abandonoA lei que regulamenta o controle de zoonoses em Rondonópolis está em fase de elaboração. No entanto, para seu desenrolar será necessário aguardar algumas deliberações da Vigilância de Saúde Nacional. A Vigilância Nacional auxiliará nos procedimentos da lei. A iniciativa de desenvolver a lei foi das ONGs de Rondonópolis, Cantinho de Proteção Animal, Associação Rondonopolitana de Proteção aos Animais Abandonados (Arpaa), da Vigilância Ambiental, em parceria com o Ministério Público do Estado (MPE), a câmara de vereadores e o Juizado Volante Ambiental (Juvam).

O objetivo de criar uma lei de controle de zoonoses, segundo o coordenador do Centro de Zoonoses de Rondonópolis (CCZ), Edgar Prates, é para chamar atenção da sociedade para os cuidados com o animal. "Queremos que as pessoas tenham responsabilidades com seus animais, que cuidem, e não o abandonem", afirma.

Edgar Prates explica que a cidade passa por um problema serio de "responsabilidade" e que os donos não zelam como deveriam pelos seus animais. De acordo com ele, é normal hoje, que proprietários de animais optem pelo abandono, na rua ou na porta do próprio CCZ, em casos de complicações mínimas de doenças, que poderiam ser facilmente curadas.

"A responsabilidade do proprietário do animal, tem que ser cumprida, como dar comida, levar ao veterinário, passear, limpar o local em que o animal dorme, vacinar e muito outros cuidados que grande parte dos moradores de Rondonópolis não tem feito", explica.

O coordenador do CCZ esclarece ainda que a carrocinha é um serviço de urgência. Por exemplo, quando um morador liga para o CCZ e afirma que o animal tem reagido estranho, mesmo depois de ter consultado um veterinário, o CCZ vai com a carrocinha até a residência do morador e examina o animal e leva para o CCZ para observação e depois entrega ao dono, caso não desenvolva nenhuma doença.

Mas de acordo com Prates, os cidadãos insistem que a carrocinha é para recolher animais com alguma doença e principalmente abandonados pelos donos. "Esse serviço a carrocinha não faz", conclui.

DESTINAÇÃO DOS ANIMAIS

Segundo o CCZ, a Secretaria Municipal de Saúde firmou um convênio com o Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear) para a destinação final dos animais mortos. De acordo com o coordenador do CCZ, duas vezes por semana, os animais são levados para o 'lixão' da Mata Grande e enterrados no local.

Prates explica ainda que a licitação para a contratação de uma empresa que faz a incineração dos animais mortos não foi feita novamente, porque o valor gasto estava muito alto - pelo menos, R$20 mil reais por mês.

Entretanto, o coordenador ressalta que a forma que os animais estão sendo destinado não trás prejuízos à saúde da população. "Depois de enterrados, os animais não podem transmitir doenças, como, por exemplo, a leishmaniose".