RONDONÓPOLIS

Presos da Mata Grande participavam de golpe que movimentou mais de R$ 200 mil mensal

O golpe foi aplicado em 10 hospitais particulares do Amazonas e dezenas de unidades hospitalares em outros estados brasileiros

por Redação com assessoria PJC/MT

23 de Novembro de 2017, 13h00

Presos da Mata Grande participavam de golpe que movimentou mais de R$ 200 mil mensal
Presos da Mata Grande participavam de golpe que movimentou mais de R$ 200 mil mensal

policiais na Mata Grande. Foto: divulgação PJC/MT José Divino e Diego Gabriel, ambos detentos da Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, a Mata Grande, em Rondonópolis (MT), são apontados pela polícia como integrantes de uma quadrilha que aplicava o golpe do falso médico em mais de 10 hospitais particulares do Amazonas e dezenas de unidades hospitalares em outros estados brasileiros. O lucro mensal dos golpes praticados ultrapassava a cifra de R$ 200 mil.

De acordo com o delegado, Cícero Túlio Coutinho Silva, titular da 23º Distrito Integrado de Polícia em Manaus (AM), as investigações iniciaram há cerca de 2 meses e apontaram como núcleo operacional da quadrilha os dois presos. Eles operavam os golpes de dentro da Penitenciária da Mata Grande. Outros 9 integrantes da organização criminosa, pertencem ao núcleo financeiro e ficavam responsáveis por ceder as contas bancárias, utilizadas para o recebimento de valores oriundos dos golpes.

A operação, denominada "Jaleco Preto", presidida pela Polícia Civil do Estado do Amazônia, conta com apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil do Mato Grosso, Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) e Delegacia Regional, ambas de Rondonópolis, Gerência de Operações Especiais (Goe), e setor de Inteligência do Sistema Penitenciário, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Para ação foram empregados mais de 50 policiais e agentes penitenciários.

Golpe do Falso Médico

Na modalidade de golpe, um desconhecido se identifica pelo telefone como sendo médico ou diretor clínico de hospital. Normalmente não dispõe de conhecimento técnico científico sobre tratamentos médicos e, por isso, menciona exames absurdos. O estelionatário trabalha com a fragilidade da família que tem um parente internado.

Como evitar

Desconfie de qualquer pedido de dinheiro pelo telefone proveniente de hospitais; contrate eventuais exames diretamente em uma clínica ou hospital; em caso de telefonema procure confirmar os nomes de todo o corpo clínico e retorne imediatamente a ligação para o hospital pelo número do telefone que você dispõe, nunca ao número fornecido pelo interlocutor; não deposite quantias em contas de desconhecidos.