SAÚDE
Prática de medicina assertiva traz economia e mais resultados para pacientes, diz especialista médico
Essa assertividade na medicina clínica também reduz o tempo de espera para o diagnóstico.
23 de Fevereiro de 2024, 08h51

Usuários de plano de saúde com coparticipação sabem que inevitavelmente irão pagar alguma taxa no momento em que precisarem de uma unidade de saúde. O custo inicial para ter acesso ao serviço já é elevado, uma vez que se paga a mensalidade mais o proporcional do que for usado. Fator que preocupa cada vez mais as famílias, em uma época em que a economia do país ainda não está totalmente aquecida.
Um levantamento divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revela que o setor totalizou em dezembro do ano passado, cerca de 51 milhões de usuários ativos, representando um aumento de quase um milhão de novos usuários no período de 12 meses.
A faixa etária de 45 a 49 anos foi a que apresentou o crescimento mais expressivo na assistência médica, com 240.716 novos beneficiários nos últimos 12 meses, seguida pela faixa de 40 a 44 anos. Esses, aliás, são os grupos que mais demandam atenção e cuidados na saúde.
Arnaldo Sérgio Patrício, diretor do Hospital São Judas Tadeu, localizado em Cuiabá, analisa que boa parte de seus pacientes escolhem a unidade de saúde pela experiência do corpo clínico que preza por uma medicina mais assertiva, o que diminui a necessidade de exames desnecessários e, consequentemente, gastos extras.
“O usuário de plano de saúde muitas vezes não procura um hospital grande, pois sabe que a coparticipação virá alta. Em hospitais menores que contam com um corpo clínico experiente, o paciente fará exames, mas com uma assertividade infinitamente maior, significando uma economia também no bolso”, esclarece.
Essa assertividade na medicina clínica também reduz o tempo de espera para o diagnóstico. “O que pode acarretar em tratamentos mais eficazes. Ao invés de esperar pelos resultados de uma bateria de exames, os médicos podem tomar decisões mais rápidas com base na avaliação clínica inicial, o que pode ser crucial ", pontua o médico.