OPINIÃO

Nefrologia Pediátrica em todas as vertentes

por Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis

23 de Maio de 2024, 08h47

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Divulgação

Nunca antes no Brasil houve um evento voltado para Nefrologia pediátrica como o que foi realizado em Cuiabá no início de maio. Foram abordados temas contemporâneos que percorreram o espectro do cuidado nefrológico do prematuro ao adolescente na era digital, contando com a contribuição de mais de 50 palestrantes, incluindo três renomados especialistas internacionais e uma participação expressiva, com mais de 600 inscritos.

Sem dúvida, o XX Congresso Brasileiro de Nefrologia Pediátrica, organizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), foi um marco para a especialidade.

Conseguimos destacar a importância da nefrologia pediátrica, uma especialidade que enfrenta desafios como a baixa procura em programas de residência médica e limitado apoio de entidades políticas e civis. O evento também buscou fortalecer a comunidade de nefrologistas pediátricos e advogar por mais reconhecimento e recursos para a área.

O fórum em defesa da nefropediatria, realizado no dia 3 de maio, foi um dos pontos altos do congresso, culminando na criação da Carta de Cuiabá, que propõe um projeto de linha de cuidado integrada para o paciente renal pediátrico. Este resultado demonstra que as expectativas do evento foram não apenas atendidas, mas superadas, promovendo um diálogo frutífero entre os profissionais da área.

Tivemos 2 pré-congressos focados em terapia de suporte renal, com cenários práticos, e disfunções miccionais neurogênicas e não neurogênicas, além de um simpósio multiprofissional. Essas atividades proporcionaram uma rica troca de experiências e atualização profissional.

Para nós nefropediatras esse congresso foi a valorização da nossa especialidade.

Recebemos ainda a Senadora Margarete Buzetti e a Primeira-Dama Virgínia Mendes na abertura do evento que nos deu força.

Precisamos falar mais sobre os tratamentos das crianças e adolescentes com problemas renais. Quanto mais cedo o diagnóstico mais eficaz é o tratamento.

Emmanuela Bortoletto Santos dos Reis é medica Nefropediatra no Hospital Santa Rosa e professora na UNIVAG- CRM/ MT 6596 e RQE 300; 327.